A delegada Adriene Lopes iniciou as investigações em janeiro deste ano -  (crédito: Divulgação/PCMG)

A delegada Adriene Lopes iniciou as investigações em janeiro deste ano

crédito: Divulgação/PCMG
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu uma mulher, de 30 anos, suspeita de aplicar o golpe do empréstimo consignado em idosos em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas. O prejuízo chega a R$ 80 mil. A prisão ocorreu, nessa quarta-feira (8/5), no Bairro Bom Pastor. A polícia também cumpriu mandados de busca e apreensão.
 
De acordo com a delegada Adriane Lopes, as investigações começaram em janeiro deste ano após denúncias. Até o momento, quatro vítimas foram identificadas, todas idosas com idade acima de 70 anos e beneficiárias do Regime Geral da Previdência Social.
 
 
Para atrair as vítimas, a investigada se passava por “advogada” e por “consultora de benefícios do INSS”. Em algumas ocasiões, conforme a delegada, ela se apresentava como “especialista em contratos de empréstimos bancários para aposentados e pensionistas”.
 
“A investigada, aproveitando da fragilidade e desconhecimento das vítimas, faz empréstimos consignados em nome dessas, bem como abre outras contas bancárias também em nome das vítimas, para onde transfere os valores obtidos com os empréstimos. Em seguida, ela transfere esses valores para conta de titularidade dela”, detalha Adriene.
 
Para se aproximar das vítimas, a investigada aluga imóveis perto dos idosos, onde passa a morar por poucos meses. “O tempo suficiente para ganhar a confiança das vítimas, aplicar golpes, se beneficiar dos valores obtidos ilicitamente”, explica a delegada.
 
Após aplicar o golpe, ela muda sem deixar vestígios. Uma das vítimas, inclusive, chegou a alugar um imóvel para a suspeita morar.
 

Prejuízos

 
As vítimas tiveram prejuízos financeiros significativos, totalizando R$ 80 mil. Desta forma, os benefícios previdenciários ficaram comprometidos por longos anos. 
 
Os financiamentos ocorreram, na maioria, em parcelas de 48 a 84 meses. Por ser consignado, há o desconto automático, mensalmente, nos benefícios previdenciários das vítimas.
 
As investigações continuam para identificar outras vítimas. A mulher foi levada para o presídio Floramar e pode responder por estelionato com aumento de pena por se tratar de pessoa idosa.