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Estado de Minas EM DIA COM A POLÍTICA

Presidente Lula na Europa e a CPMI já está a caminho

Enquanto Lula está fora, os governistas tentam buscar munição política diante da possibilidade de a CPMI do caso os Atos Golpistas ser instalada


22/04/2023 04:00 - atualizado 21/04/2023 22:20

Alexandre Padilha, ministro da Secretaria de Relações Institucionais
O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que a CPMI deve chamar os financiadores dos atos golpistas (foto: Fernando Frazão/Agência Brasil - 1/3/23)

 

O Itamaraty informou que a viagem do presidente da República Federativa do Brasil (RFB), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para Portugal e Espanha está “em um contexto de relançamento das relações com a Europa e, como não poderia deixar de ser, pelo mundo”.

 

O fato é que o presidente Lula desembarcou, na manhã de ontem, em Lisboa para uma agenda de seis dias de encontros em Portugal e na Espanha. Entre os temas no roteiro do petista estão a guerra na Ucrânia e o acordo entre Mercosul e União Europeia.

 

Esta é a primeira viagem de Lula à Europa neste terceiro mandato. Nos últimos meses, o presidente brasileiro já visitou a Argentina, o Uruguai, vizinhos do Brasil, e ainda os Estados Unidos (EUA), além da China e aos Emirados Árabes.

 

Só que ele vai voltar mais uma vez, já que Lula deve retornar ao continente no início de maio, onde participará da coroação do Rei Charles III e se reunirá com o primeiro–ministro britânico Rishi Sunak.

 

Enquanto Lula está fora, os governistas tentam buscar munição política diante da possibilidade de a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas ser instalada.

 

Aliados do presidente Lula vão priorizar a investigação e a convocação de pessoas e empresas que financiaram e estimularam os ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília.

 

O encarregado foi o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que é responsável pela articulação política do governo. Ele deu as declarações depois de participar de um evento religioso na capital federal.

 

“Tenho ouvido de líderes, tanto no Senado Federal quanto na Câmara dos Deputados, uma vontade muito grande de trazer para a CPI aqueles que são acusados de terem financiado os atos terroristas. Quem pagou, quem financiou esse ataque à democracia precisa ser investigado”.

 

Tem mais: “a CPMI vai ser um espaço, onde serão convocados e identificados, para a população, quem financiou os atos”, disse o ministro Alexandre Padilha. Questionado sobre o perfil dos parlamentares que a liderança do governo vai indicar para compor o colegiado, Padilha afirmou que serão nomes experientes nesse tipo de enfrentamento político.

 

E o ministro finalizou dizendo que “deputados e senadores governistas terão de combater o que ele chama de narrativa terra planista, que é aquela que tenta transformar as vítimas dos atos nos verdadeiros responsáveis e aí sim, punir com bastante rigor”.

 

Medalha, medalha!

O governo de Minas Gerais realizou, ontem, em Ouro Preto a cerimônia de entrega das Medalhas da Inconfidência Mineira, com a presença do ex–presidente Michel Temer (MDB) e também do senador Sergio Moro (União Brasil), homenageados com outras 170 pessoas e instituições. Temer esteve ao lado do governador Romeu Zema (Novo) durante todo o evento. Ambos colocaram flores para Tiradentes e desfilaram entre os Dragões da Inconfidência. O governador Zema também elogiou o governo de Michel Temer por acabar com o “fantasma da ruptura institucional”.

 

O sangue mineiro

“Os avanços que temos como nação começaram a ser conquistados pelo sangue mineiro derramado na Inconfidência e isso não pode ser esquecido jamais”, afirmou Romeu Zema (Novo). O governador também elogiou o governo Temer mais de uma vez E teve mais Temer: “Esta solenidade é preciosa porque ultrapassa as fronteiras de Ouro Preto e de Minas Gerais para atingir todo o país. Receber esta homenagem na cidade que é o berço de boa parte da história de Minas Gerais e do Brasil”, declarou Michel Temer (MDB).

 

Tem de vacinar, sim!

Uma pesquisa com 2 mil mães brasileiras chegou a um percentual de 76% que consideram a escola como o lugar ideal para a vacinação infantil. O estudo foi feito pela farmacêutica Pfizer e pelo Instituto Locomotiva e divulgado pouco antes da Semana Mundial da Imunização, que acontece entre 24 e 30 de abril. As respostas indicam que as mães gostariam de ser ajudadas pela escola a manter o calendário vacinal em dia. A vacinação escolar é defendida por especialistas como instrumento para subir as coberturas vacinais, que estão em queda no país desde 2015.

 

De primeira-dama a senadora?

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anda revendo a sua posição sobre uma possível candidatura da sua esposa Michelle Bolsonaro (PL).  Nos últimos dias, Bolsonaro passou a assumir, para pessoas próximas, como informou o blog da Bela Megale, que Michelle pode concorrer a um cargo legislativo em 2026. O posto mais cotado é o de senadora, possivelmente pelo Distrito Federal. Em seu primeiro discurso após voltar dos três meses em que esteve nos Estados Unidos, Jair Bolsonaro havia dito que ela não tinha interesse e nem "vivência política", o que foi contra ao desejo do presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, que vinha se animando com a possibilidade desde a reta final da campanha presidencial.

 

Construção da Igreja

“Agradeço e aprecio a Papal Foundation por seu constante compromisso de manter medidas adequadas de transparência, para que o financiamento de bolsas de estudo e projetos beneficie verdadeiramente os necessitados e contribua para a construção do Reino de Deus na Terra”. São  palavras do Papa Francisco na saudação de agradecimento no encontro com os integrantes da organização dos Estados Unidos da América (EUA) dedicada a atender às necessidades da Igreja.

 

Para finalizar…

“Confio na investigação e na Justiça, que apontarão que eu não tenho responsabilidade, seja omissiva ou comissiva nos fatos do dia 8 de janeiro”. Quem diz é o general Marco Edson Gonçalves Dias, que é o ex–chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). E teve mais: “O comparecimento na sede da Polícia Federal (PF) é, para mim, uma grande oportunidade de esclarecer os fatos que têm sido explorados na imprensa”. Gonçalves Dias  afirmou não ter responsabilidade, nem por omissão nem por meio de uma ação sua.

 

 

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