O funk, gênero musical brasileiro criado e popularizado nas favelas e subúrbios do Rio de Janeiro, ocupa, no início do século 21 o lugar que, um século antes, foi ocupado pelo samba. Assim como ocorreu com o samba no período pós-abolição, o funk é severamente criticado e perseguido. Os bailes funk são frequentemente alvos de abordagens policiais violentas, injustamente associados ao tráfico e à criminalidade e seguem imersos em controvérsias sobre sua importância cultural. Além disso, alguns de seus expoentes, como o DJ Renan da Penha, são perseguidos e presos com base em alegações frágeis ou inverídicas.
'O funk carioca já nasceu cosmopolita e internacionalizado a partir dessa mescla de ritmos e culturas. As equipes de som, como a Furacão 2000, ganharam ainda mais popularidade nos anos 1980 e a presença dos MCs, que improvisavam letras sobre a realidade vivida enquanto os DJs tocavam samples de gêneros musicais diversos mas, em especial, do Miami bass, também se tornou um elemento central dos bailes.'
'Apesar de continuar perseguido o funk segue se fortalecendo e mostrando a vivacidade e criatividade das culturas juvenis das periferias do Brasil. Além de contar com cantoras de popularidade nacional e internacional, como Ludmilla e Anitta, novas derivações do funk, tais como o 150bpm e o brega funk, promovem uma renovação constante do gênero.'