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Estado de Minas DERMATOLOGIA

Cuidados com a pele no inverno

As mudanças de hábito como banhos quentes e a diminuição da ingestão de água agravam ainda mais a desidratação e o ressecamento epidérmico


20/04/2023 06:00 - atualizado 07/08/2023 15:35
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Pessoa passando creme nas próprias mãos
(foto: RF._.studio/Pexels)

A pele é um órgão de revestimento que tem como uma das funções proteger o corpo contra inúmeros tipos de agressões externas, desde microrganismos a fatores ambientais. Com a chegada do outono e inverno, notamos a nossa pele mais opaca, ressecada, ou mesmo, oleosa. Isso ocorre pois, nessa época, a umidade do ar é baixa e favorece a perda de água por evapotranspiração.

As mudanças de hábito como banhos quentes, que retiram a barreira lipídica da epiderme, e a diminuição da ingestão de água, agravam ainda mais a desidratação e o ressecamento epidérmico. 

Todos esses fatores combinados que ocasionam a desidratação da pele, podem favorecer, inclusive, um desequilíbrio na atividade da glândula sebácea que, é estimulada pelo ambiente seco, a produzir mais sebo para proteção da pele. É assim que se desenvolvem peles oleosas, porém desidratadas, característico de peles com barreira desequilibrada sofrendo efeito rebote de aumento de oleosidade mesmo no frio.

Outras mudanças de hábitos como a alimentação mais rica em gorduras e açúcares aumentam os índices de radicais livres no organismo, fator crucial para o envelhecimento cutâneo, uma vez que essas espécies livres reativas oxidam proteínas importantes para barreira da pele, como o colágeno.

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Todos esses fatores, por prejudicarem a função barreira da pele, facilitam o aparecimento ou o agravo de dermatites e alergias, pois a pele fica mais sensibilizada e desequilibrada.

Esses sintomas podem ser mais graves para pessoas com doenças autoimunes ou outras doenças raras de pele como psoríase, dermatite atópica, vitiligo e urticária crônica. Nesses pacientes, o sistema imunológico ataca os próprios tecidos do organismo, podendo causar lesões cutâneas, seguidas de um processo inflamatório que resulta em coceira, vermelhidão, queimação e dor. 

Peles raras como essas necessitam de cuidados e produtos ainda mais eficientes, a fim de evitar esse tipo de desconforto que afeta muito a qualidade de vida dessas pessoas. Por isso, é muito importante que no inverno tenhamos cuidados redobrados, como: 
  • Manter a hidratação corporal e cutânea através da ingestão de água e de cremes com alto poder de hidratação

  • Ter uma alimentação mais saudável, rica em vitaminas, que são antioxidantes e vão ajudar na eliminação de radicais livres

  • Usar, pelo menos duas vezes ao dia, cremes e óleos hidratantes com propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e cicatrizantes, para que as lesões cicatrizem mais rápido e a barreira da pele fique mais forte e equilibrada, de modo que as lesões apareçam de forma mais branda ou nem se desenvolvam

  • Evitar tomar banhos quentes, para não agredir a barreira lipídica da epiderme e não contribuir para agravar ainda mais a perda de água transepidermal 

Esses são alguns cuidados que vão ajudar a manter a pele mais saudável no inverno, ainda mais importantes para pacientes portadores de eczemas, dermatites e peles sensíveis.

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