A visita do presidente Lula a nosso maior parceiro comercial promete negócios da China. Significa negócios altamente rentáveis. A expressão nasceu no século 13.
Marco Polo viajou ao Oriente e contou histórias de uma terra exótica, com pessoas e cenários mirabolantes que despertaram a ambição de comerciantes.
Destaque
A China sobressai nos noticiários de Europa, França e Bahia. A razão: trata-se da segunda potência do planeta, que caminha a passos largos para chegar ao topo. Por isso, continuará nas manchetes. Convém, pois, conhecer manhas de tão especial criatura.
Bebida local
Em português é chá. Em inglês, tea. Em espanhol, te. Em italiano, tè. Em francês, thé. Em alemão, tee. Por que a diferença? A palavra veio da China. Ambas as formas nasceram do mesmo ideograma. É que o danado tem pronúncias diferentes. No dialeto mandarino, é ch´a. No fun-kien, tê. Nós ficamos com o primeiro.A diferença
Antes de chegar aqui, o casal passou pelo árabe. O xah deu no português xá e xeque. No inglês, virou sheik. Assim, na nossa língua de todos os dias, o chefe muçulmano é xeque, não sheik.
Brics
Em Xangai, a ex-presidente Dilma vai assumir a presidência do banco formado por cinco países. Eles, com o nosso, abrigam 42% da população do planeta. O quinteto é tão importante que se tornou sigla – Brics. O nome se formou com as iniciais dos membros: B de Brasil, r de Rússia, i de Índia, c de China e s de África do Sul (em inglês, South Africa).Desde que se formou, o grupo ocupa páginas nos jornais e minutos na tevê. Mas uma vacilação marcou o noticiário. Singular ou plural? Alguns ficaram com o Brics. Outros, os Brics. E daí?
O pomo da discórdia foi o s de Brics. Ele não marca o plural. É o s inicial de South Africa. Conclusão: Brics joga no time de Mercosul. É singular: O Brics se reuniu em Xangai. O banco do Brics promete fazer investimentos nos países-membros.
Leitor pergunta
Nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, alguém escreveu na estátua da Justiça, que fica em frente ao Supremo Tribunal Federal, a frase “Perdeu Mané”. O ministro Barroso disse que tinha pena, porque a pessoa que pichou a deusa Têmis não sabe português. Onde ela errou?
. Sílvia Castro, São Paulo
Na frase, a pessoa se dirige a Mané. O ser a quem nos dirigimos é serzinho elitista. Não se mistura a nenhum termo da oração. É sempre – sempre mesmo – separado por vírgula. Na dúvida, basta antepor-lhe o ó: Pra frente, (ó) Brasil. Entra, (ó) Maria. Deus, ó Deus, onde estás que não me escutas? Perdeu, (ó) Mané.
Recado
“Eu não escrevo em português. Escrevo eu mesmo.”
. Fernando Pessoa