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Estado de Minas ATENÇÃO

Varíola dos macacos - devo me preocupar?

Ainda nem vencemos o desafio da COVID e já temos outra doença para nos preocupar?


24/06/2022 06:00

Partícula do vírus da varíola dos macacos
Partícula do vírus da varíola dos macacos (foto: Science Photo Library)

Muita gente deve estar se perguntando "outra epidemia? Outra pandemia?". Ainda nem vencemos o desafio da COVID e já temos outra doença para nos preocupar? O desconhecido nos traz inseguranças justificáveis e, por isso, o melhor remédio é a informação - segura e confiável. Afinal, o que é a varíola dos macacos?

É uma doença causada pelo vírus Monkeypox, um vírus raro que é mais presente em roedores, porém em 1958 foi identificado em macacos e esse fato batizou a doença. O primeiro caso identificado em humanos foi em 1970. Varíola é uma doença que já circulou nas notícias de jornal, é assunto das mídias, protagonista de filmes e tem seu lugar nos debates sobre guerra biológica, porém não é a mesma varíola, não podemos confundir. A varíola mais famosa é considerada erradicada do mundo.

Como posso identificar a doença?

Bolhas e feridas na pele, que coçam e doem, febre, calafrios, dor de cabeça, dor muscular; cansaço excessivo e dor nas costas. Podemos facilitar com a definição de sintomas de virose, adicionando as bolhas pelo corpo, especialmente rosto, mucosas, como a boca, e extremidades como palmas das mãos e até mesmo genitálias.

Como é a evolução desta doença?

Após o contato com o vírus os sintomas podem surgir após cinco a 21 dias e têm duração em média de duas a três semanas. A transmissão pode acontecer por contato direto com as secreções encontradas nas lesões, por meio da mordedura dos animais e infectados, como também pelo consumo da carne dos animais infectados. Não devemos neste momento julgar a cultura e a necessidade de diversas comunidades no mundo. A transmissão que nos causa bastante alerta é a comunitária (de humanos para humanos) que ocorre por meio de gotículas e secreções respiratórias ao tossir ou falar, também documentada.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é clínico, ou seja, o médico avalia a história e a condição do paciente. É possível solicitar um exame para analisar a secreção presente nas lesões. É realizado um exame de PCR (semelhante ao da COVID-19, que já estamos cansados de saber).

Tem lesão de pele. Já tenho que me preocupar com a varíola dos macacos?

O raciocínio clínico vai conseguir diferenciar doenças que são muito parecidas e muito mais comuns que varíola dos macacos, como herpes zoster, alergia de pele, sífilis, catapora e impetigo.

Como posso me proteger?

Evitar contato com pessoas suspeitas de ter contraído a doença e evitar o consumo de carnes silvestres que possam portar o vírus da doença como, por exemplo, roedores e macacos.

Essa doença tem cura?

O tratamento é baseado principalmente no controle dos sintomas, mas também é possível utilizar a vacina que já existe para varíola. Como não há uma recomendação de vacinação em massa contra varíola, a administração é feita dentro de no máximo quatro dias após o contato com a doença com intuito de diminuir a intensidade da doença ou mesmo impedir a manifestação em alguns casos, uma eficácia de 85%.

Na maioria dos casos é esperada uma boa evolução e controle adequado dos sinais e sintomas. A varíola dos macacos é muito mais leve do que a famosa varíola erradicada na década de 1980.

Qual a atual situação da doença no mundo?

Identificada em mais de 20 países, são aproximadamente 200 casos no mundo, o Brasil já confirmou mais de 10 casos.

No momento, não precisamos criar nenhum alarde e nem imaginar que a varíola dos macacos será uma nova pandemia como a da COVID-19.

As autoridades sanitárias mundiais estão fazendo seu papel de monitorar e dar reportes para a população, mas tão importante quanto às medidas individuais são as medidas coletivas e governamentais.

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