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Estado de Minas COLUNA

O que há de bom no Brasil em meio à pandemia de COVID-19

Que honra para o Brasil se o excelente cidadão, cientista e inexcedível ministro da Agricultura Alysson Paolinelli receber o Prêmio Nobel da Paz


29/03/2021 04:00 - atualizado 29/03/2021 08:03

Ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz(foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados - 28/9/19)
Ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz (foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados - 28/9/19)
É claro que “amanhã, há de ser outro dia”. Enquanto não chegamos lá, pelo menos compartilhemos o que há de luminoso nessa nossa nação, hoje com medo do que virá. Que honra para o Brasil se o excelente cidadão, cientista e inexcedível ministro da Agricultura Alysson Paolinelli receber o Prêmio Nobel da Paz em razão da “revolução verde” que liderou e que nos permitiu reinventar o agro do Brasil na forma do esplendor do agronegócio.

Paolinelli fez a multiplicação dos pães. A voz de Paolinelli precisa ser mais ouvida para que todos os empresários do agronegócio compreendam que o melhor aproveitamento das terras já ocupadas do cerrado brasileiro resultará até em uma quase duplicação das atuais 280 milhões de toneladas de grãos, sem que seja derrubada sequer mais uma única árvore do degradado e vital “arco amazônico”.

Paolinelli, cidadão do mundo, talvez seja quem mais e tão decisivamente contribuiu para a comunidade humana pôr um fim à fome no mundo.

Além das equipes de cientistas do Instituto Butantan e da Fiocruz, universidades federais brasileiras reúnem excelência científica suficiente para a descoberta e testagem de novas vacinas.

Grupos de cientistas de excelência estão se constituindo, também, como núcleos de liderança à frente de empresas em formação para a produção de fármacos biotecnológicos de alta complexidade produtiva.

A questão é: por que o excelente programa nacional de Parcerias de Desenvolvimento Produtivo (PDPs) que envolvem a cooperação entre empresa nacional, um laboratório nacional e público de pesquisa e empresa(s) farmacêuticas externas ainda não encontrou o lugar ao sol definitivo que estabeleça as PDPs como iniciativa “portadora de futuro” do desenvolvimento do país?

Até quando permanecerão em estado de contínua perturbação e incerteza, ao sabor seja de mudanças no ministério ou de mudanças de governo, uma vez que o assunto PDP ainda não foi fixado institucionalmente como política de Estado?

Por ano, o país importa fármacos biotecnológicos em valor equivalente a US$ 5 bilhões. Boa parte dessas importações já poderia ter sido substituída e internalizada.

Que as amargas e trágicas lições da pandemia resultem, em definitivo, em lições aprendidas, ainda que na dor cruel de 300 mil vidas perdidas, tanto mais se sabendo que a metade delas poderia ter sido salva.

“Descobrimos” que na nação brasileira havia 37 milhões de “invisíveis” para o Estado, os governos e a sociedade. Não bastasse a estrutura de desigualdades, a pandemia e o desgoverno federal produziram mais pobreza e indigência. Miséria, fome e pobreza: o manto de chumbo que a nação carrega sobre os ombros.

Que daí resulte um clamor verdadeiro por mudanças e reformas redistributivas com direção e parte integrante de um projeto nacional de desenvolvimento com sustentabilidade ambiental, elevação da produtividade e consolidação de um “estado do bem-estar social”.

A propósito, devemos todos nos inspirar em dois edificantes e magníficos exemplos de solidariedade que se encontram em ato no meio de nós, como nação: a heroica e generosa dedicação dos profissionais da saúde, incluído o pessoal que faz a limpeza das enfermarias e das UTIs nos hospitais e nas UPAs, e a exemplaridade dos pobres que, nas favelas e nas periferias, tiram da própria casa para que o vizinho e família tenham alguma comida.

Esse é o dia a dia de sobrevivência.

A pandemia e a completa ausência de um Ministério da Educação impuseram a 40 milhões de alunos e 200 mil escolas de educação básica pública uma situação de nenhuma orientação e de descoordenação e uma completa escassez de ideias e de ação.

Há mais de um ano os alunos não dispõem, em geral, da oportunidade do acesso a aulas de alto padrão didático mediante o uso de tecnologias digitais.

Estima-se que o pouco que avançamos em aprendizado na educação básica nos últimos 10 anos já terá sido perdido nesse mais de ano de paralisia decisória do governo federal. Portanto, desafia-nos, urgentemente, o gravíssimo problema do retrocesso no aprendizado e na alfabetização.

A nação precisa e precisará que o professorado brasileiro da educação básica siga os passos dos profissionais da saúde no que concerne a compromisso, abnegação, coragem moral, aprender rápido enquanto faz acontecer o uso contínuo das tecnologias digitais aplicadas à educação e aplicar a nova didática com enfoque no aprendizado que reúne o conhecimento e o saber fazer.

Mais que nunca, a prática do magistério e da gestão de escola exigirá novos aprendizados, destrezas técnicas e paixão.

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