Há quase oito décadas, durante a Segunda Guerra Mundial, armas atômicas foram lançadas sobre os céus de Hiroshima e de Nagasaki, no Japão, em 06 e 09 de agosto de 1945. A memória do que aconteceu não pode ser esquecida, se quisermos garantir um futuro mais pacífico.
A única maneira de eliminar o risco nuclear é eliminar as armas nucleares e rigor no cumprimento de normas globais contra a sua utilização e proliferação. Durante esses 78 anos, a humanidade trabalha para nunca mais permitir que tal devastação ocorra.
Porém, a sombra nuclear que pairava sobre a Guerra Fria voltou a emergir com a Rússia, em sua guerra colonialista na conquista da Ucrânia. Ninguém está ameaçando a segurança ou interesses legítimos da Rússia, ela está apenas tentando expandir seu império.
Qualquer utilização de armas nucleares é inaceitável!
O Tribunal Penal Internacional (TPI), também conhecido como o Tribunal de Haia, foi acionado e já emitiu um mandado de prisão contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Esse Tribunal, não faz parte da ONU, julga pessoas, não nações, acusadas de crimes de interesse global, tais como genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra.
O Tribunal afirma que Putin é responsável por crimes de guerra, incluindo a deportação de crianças da Ucrânia para a Rússia, ataques a hospitais, tortura, estupro e homicídios dolosos. Infelizmente o TPI só pode exercer jurisdição em países que assinaram o acordo que criou o tribunal – o Brasil é um dos signatários, a Rússia não.
O desarmamento nuclear não é uma utopia, trata-se da garantia da sobrevivência da humanidade.
Para refletir, deixo a poesia Rosa de Hiroshima de Vinicius de Moraes, eternizada na voz de Ney Matogrosso:
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada
#nowar