Estudos com o mesmo objetivo estão sendo conduzidos por técnicos da Emater-MG e instituições parceiras em Barão de Cocais, Catas Altas, Santa Bárbara, Caeté e Rio Piracicaba, na Região Central.
Embora sem o prestígio de setores reconhecidos pela participação importante na oferta de bens e serviços medida pelo PIB, essa produção típica e que ganhou fama associada ao turismo e à gastronomia mostra vitalidade surpreendente não captada por indicadores econômicos.
“Outro fator são os roteiros turísticos que estão sendo criados e que incluíram queijarias na visitação. Com certeza a produção vem crescendo e a renda do produtor aumentou”, afirma.
A tradição de produzir queijo no estado tem raízes na colonização portuguesa, quando moradores da região da Serra da Estrela, em Portugal, – famosa pela produção do queijo homônimo de leite de ovelha –, chegaram às primeiras fazendas de gado do estado para dar suporte à mineração de ouro e diamantes.
Segundo Edinice Rodrigues, coordenadora estadual da Emater-MG, o trabalho começou a ser feito dois anos atrás, o que mostra a complexidade dos estudos. Na área conhecida como Entre Serras da Piedade ao Caraça, participam desse trabalho as prefeituras das cidades de Catas Altas, Barão de Cocais, Santa Bárbara, Rio Piracicaba e Caeté, Universidade Federal de Viçosa, Senac, Santuário do Caraça e o Instituto Mineiro de Agropecuária.
No que se refere às queijarias, além do agendamento para visitas feito pelos turistas, o Queijo Minas Artesanal ganha projeção nas receitas dos chefes de cozinha em Minas e outros estados. Caso clássico da inserção das queijarias no turismo é observado na região de São João del-Rei.