O capitalismo gera desenvolvimento, mas está em revisão. Esse foi o norte do discurso de Antonio Batista, pre- sidente-executivo da Fundação Dom Cabral (FDC), durante o encontro anual do conselho curador da instituição de ensino (foto). “A principal mudança é a velocidade cada vez mais rápida das transformações”, destacou. À frente da 10ª escola do Ranking de Educação Executiva do jornal britânico Financial Times e diante de uma plateia de dezenas de lideranças corporativas e da administração pública, ele enfatizou que o capitalismo precisa ser mais responsável e mais inclusivo, talvez desafiando a crença compartilhada ali pela maioria.
Segundo Batista, hoje, de um lado, o sistema econômico é excludente, e, de outro, a democracia – “o sistema político mais perfeito que já conhecemos” – está sob ataque. Nesse contexto, muda o papel de líderes nas organizações privadas e públicas. Deixam de ser, na opinião dele, apenas entregadores de resultados e performance financeira, passam a ser agentes de promoção de bem-estar social, com modelos mais ágeis, enxutos, colaborativos e éticos. “Teremos de aprender, desaprender e reaprender”, afirmou, parafraseando Alvin Toffler, futurista norte-americano, conhecido por seus escritos sobre a revolução digital e a singularidade tecnológica.
Na ocasião, a FDC apresentou seu resultado em 2019, quando mais de 20 mil executivos e gestores de organizações públicas e de empresas de pequeno, médio e grande portes privadas do Brasil e de outros países participaram de programas em Nova Lima, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro. Também foi anunciada a criação da Bi- blioteca Walther Moreira Salles e o projeto Memória FDC, que reúne o acervo histórico da escola de negócios, com a presença de Pedro Moreira Salles, listado pela revista Forbes entre os maiores bilionários do país, atual presidente do Conselho de Administração do grupo Itaú Unibanco, que tem parte do controle da mineira CBMM.
"Nosso gênero é valorizado e não diminuído ou penalizado. Assumimos compromisso global de chegar a 50% de representação feminina em todos os níveis e áreas até 2025"
Daniela Cachich, vice-presidente de marketing da PepsiCo Brasil
Hipercrescimento
A Endeavor, organização global sem fins lucrativos líder no apoio a empreendedores de alto impacto, selecionou 69 empresas para participarem da primeira turma do programa de aceleração Scale-Up Endeavor Nacional. O programa, voltado para empresas de alto crescimento de todo o país, é realizado anualmente em sete estados brasileiros, entre eles Minas Gerais. As mineiras escolhidas são: 3778, DTI, FacilitaPay, Meu Acerto, Monetus, Flapper, Grupo Zelo, Metha Energia, Psicologia Viva, Stilingue, Track.co e Trybe. Em 2019, a Endeavor acelerou 227 empresas que, ao todo, geraram mais de 48 mil empregos e um faturamento de R$ 10 bilhões. As inscrições para a segunda turma do Scale-Up Nacional já estão abertas e podem ser feitas até 30 de junho através do site endeavor.org.br.
Recursos para inovar
A Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), ligada à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), lançou nesta semana três chamadas para investimento de R$ 21 milhões em projetos. As chamadas fazem parte do Rota 2030, programa do governo federal para o desenvolvimento da indústria nacional. Os eixos contemplados são: bioenergia eficiente, condução segura, e propulsão alternativa à combustão. Inscrições até 6 de abril no site fundep.ufmg.br. Assim, a Fundep fortalece o seu posicionamento como elo entre governo, empresas e pesquisadores.