Nesta segunda-feira (12/6), o presidente Lula, a quem carinhosamente chamo de “ex-tudo” (ex-condenado, ex-presidiário, ex-corrupto e ex-lavador de dinheiro) - apenas para irritar os petistas, hehe - oscilou entre o certo e o errado. Para ser mais justo: entre o certo e o nem tão certo assim. Sente aí, leitor querido, leitora querida, que eu explico direitinho o porquê.
Ao receber a toda-poderosa Ursula Von Der Leyen, presidente da Comissão Europeia, o chefão do PT proferiu um discurso acertado , pontuando adequadamente as condições brasileiras, visando um acordo comercial com a União Europeia (UE). Melhor ainda: não disse nenhuma besteira sobre a invasão da Ucrânia desta vez.
BOLA FORA
Mas Lula não seria Lula se parasse por aí e, ao longo do dia, não derrapasse feio em sua costumeira verborragia. Ao falar sobre a catástrofe em curso na educação básica do País, atacou o governo Bolsonaro e mandou essa: “O atraso na alfabetização ocorre porque o Estado brasileiro falhou miseravelmente nos últimos anos.
Bem, criticar o desgoverno do patriarca do clã das rachadinhas e das mansões milionárias, compradas com panetones de chocolate e muito dinheiro vivo, na gestão da Educação, é correto e inquestionável. Aliás, em que setor o devoto da cloroquina não falhou? Haja vista o meio ambiente, a pandemia, o 8 de janeiro, as joias sauditas…
Porém, quem é - ou que moral tem- o lulopetismo, para apontar o dedo para alguém na gestão da Educação pública? Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda, quando ministro da Educação por 7 anos, deixou o Brasil nas últimas colocações do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA). E não só ele, mas toda a gestão petista.
VAMOS AOS FATOS
Em 2018, divulgados os dados, o Brasil continuou afundado no mesmíssimo patamar de 2000 (quando o País foi incluído no teste), dentre as 20 piores nações - em 79 participantes. Traduzindo: em 18 anos, sendo 16 anos os governos petistas, o Brasil continuou semianalfabeto, para se dizer o mínimo. Mas não acabou, não.
Os números: 70% dos estudantes brasileiros encontravam-se no pior nível de proficiência em matemática. Pior que a gente, apenas 9 países. Em ciências, mais da metade não atingiu, à época, o nível básico. Em leitura e compreensão de texto, a tragédia se consumou: 50% ou não liam ou não tinham a menor ideia do que liam.
O exame também mostrou que nossos jovens, de 15 anos, estavam cerca de dois anos e meio atrasados em relação aos alunos da OCDE. Se comparados com os colegas da América Latina, melhor sorte não os assistia. Peru, Costa Rica, Chile, Uruguai, Colômbia e México estavam à frente dos nossos estudantes.
ENCERRO
Mas Lula, assim como a crítica a Bolsonaro, tem razão quando diz que “o Estado brasileiro falhou miseravelmente”. O Estado brasileiro falha, costumeiramente, miseravelmente em quase tudo. No combate à corrupção, inclusive. Principalmente quando descondena políticos corruptos e permite que se elejam novamente, se é que a “alma mais honesta deff paíff” compreende essa minha colocação.