Daqui a algumas décadas, este 30 de junho será tratado como um dia histórico. Não sei se a garotada irá estudar o bolsonarismo em livros de papel, em tablets, em quadros holográficos ou se algum chip, implantado no cérebro, será o responsável por levar as informações. Na verdade, não sei nem se haverá professor, e talvez um Chat GPT qualquer, sob forma humana, lecione em escolas virtuais.
Jair Bolsonaro está oficialmente inelegível. Seu julgamento no Tribunal Superior Eleitoral, com o quarto voto em seu desfavor, proferido pela Ministra Cármen Lúcia, um dos piores, senão o pior, e mais danosos presidentes que este pobre país já elegeu, não poderá disputar eleições até pelo menos 2030, lembrando que há outras 15 ações em curso no próprio TSE, além de dezenas de inquéritos criminais na Justiça comum.
compradas com panetones de chocolate e dinheiro vivo, pisoteou, enxovalhou, espancou e cuspiu em todas as instituições democráticas do Brasil. A psicopatia, aliada ao seu espírito autocrata, não poupou nada nem ninguém. Do STF ao Congresso, passando pela imprensa, partidos políticos, sindicatos etc., todos foram alvejados pelos perdigotos antidemocráticos do “mito”.
O patriarca do clã das rachadinhas e das mansões milionárias, Sim, tivemos na Presidência da República Dilma Rousseff, um desastre socioeconômico sem precedentes. Tivemos José Sarney, o pai, o criador e o líder, por décadas, do que hoje se chama Centrão. Tivemos Collor, meu Deus! E, claro, tivemos Lula da Silva, o ex-tudo (ex-condenado, ex-presidiário, ex-corrupto e ex-lavador de dinheiro). Mas nenhum desses péssimos presidentes conspiraram contra a democracia e tentaram um golpe de Estado.
Em entrevista exclusiva à Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, nesta manhã de sexta-feira (30), horas antes de sua inelegibilidade ser confirmada, o ex-presidente afirmou que teve todas as condições para dar um golpe, mas não quis. Ou seja, Bolsonaro assume que conspirou, provavelmente em consórcio com parte das Forças Armadas, contra a democracia, e que só não a golpeou de morte porque não estava, digamos, afim.