Os ventos de Minas Gerais vão alavancar a geração de energia elétrica no estado nos próximos anos e viabilizar negócios para a Ersa – Energias Renováveis S.A, que há cinco meses instalou torres de medição da velocidade e regularidade do vento no estado para, num prazo de dois a três anos, iniciar investimentos na instalação de usinas eólicas. Com cinco torres de medição instaladas desde setembro, a empresa vai concluir as pesquisas em 12 meses – uma exigência da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) – mas já estima em 280 megawatts (MW) a capacidade de geração nas áreas pesquisadas no estado, o que é suficiente para abastecer uma população superior a 800 mil habitantes.
Os investimentos da empresa em Minas para gerar energias a partir dos ventos devem superar R$ 1,2 bilhão – cálculo baseado no custo de instalação da energia eólica para a Ersa, hoje da ordem de R$ 4,3 milhões por MW. Atualmente, a empresa está investindo R$ 345 milhões na instalação de quatro parques de geração eólica no Rio Grande do Norte, com capacidade para produzir 78,2MW. Na região, a Ersa tem ainda outros dois projetos aprovados com capacidade para 167,9MW e investimentos estimados em mais de R$ 700 milhões. Outros cinco parques eólicos estão na carteira da empresa no Nordeste para instalação no futuro.
A perspectiva da empresa é que dentro de três ou quatro anos as primeiras usinas eólicas em Minas entrem em operação. “Depois de um ano de leitura e da confirmação do potencial de geração, podemos comercializar essa energia nos leilões da Aneel, para depois iniciar a construção da usina”, explica o presidente da Ersa, Roberto Sahade. Com a energia vendida usada como garantia, a empresa obtém o financiamento para a obra junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Nesse tipo de projeto, o financiamento é sempre superior a 55% do valor do empreendimento”, observa Sahade A previsão, de acordo com ele, é que sejam instalados vários parques de geração eólica em Minas.
Sem revelar a região onde mede os ventos, Sahade diz apenas que as informações levantadas pela empresa até agora estão sendo confrontadas com dados do Atlas Eólico de Minas Gerais, concluído em maio do ano passado pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e que apontou um potencial de geração eólica de 40 milMW a 100 metros do solo . A energia elétrica que pode ser gerada pelos ventos no estado, com destaque para o potencial da Região Norte, equivale a quase seis vezes a capacidade de geração atual da Cemig, de 6.754MW. Desse volume, a energia eólica em Minas responde hoje por apenas 1MW, gerado na usina do Morro do Camilinho, em Gouveia.
“A informação que tiramos do cruzamento de dados é muito boa e mostra que o potencial de geração das áreas pesquisadas é elevado, com fator de capacidade média acima de 47%”, afirma o presidente da Ersa. Isso significa, segundo Sahade, que para cada 10MW de potencial em uma área, pelo menos 4,7MW são capacidade firme de geração (energia efetivamente gerada sem interrupção ao longo de um período). A entrada da Ersa no segmento de energia eólica em Minas permitirá à empresa diversificar seu parque de geração elétrica no estado, hoje concentrado em pequenas centrais hidrelétricas (PCH).
Novas usinas
Para mostrar o potencial da energia eólica no estado, a geração potencial dos aerogeradores estimada pela Ersa é superior a todas as PCHs da empresa juntas, incluindo as que estão em projeto. Com a entrada em operação no fim de janeiro da PCH Barra da Paciência, com capacidade para gerar 23MW, a Ersa elevou para 97MW seu parque de geração de energia elétrica no estado, que agora conta com sete usinas. A empresa tem ainda três PCHs em Santa Catarina, que geram 50MW. Maior usina da Ersa, Barra da Paciência está instalada entre os municípios de Açucena e Gonzaga, no Leste do estado, e exigiu investimentos de R$ 135 milhões.
Ainda este mês, a empresa coloca operação outra PCH em Minas (Várzea Alegre), com capacidade para gerar 7,5MW e investimentos da ordem de R$ 60 milhões. Além dos 104,5MW instalados que terá no fim deste mês, a Ersa tem projetos para mais seis PCHs em Minas, com capacidade para mais 107,5MW. Ao todo serão 14 usinas no estado. Segundo Roberto Sahade, juntas, Barra da Paciência e Várzea Alegre representam cerca de R$ 30 milhões a mais de faturamento anual. Em 2010, a receita da Ersa chegou a R$ 110 milhões, com aumento de 161% sobre os R$ 42 milhões faturados em 2009, quando a companhia tinha apenas três usinas. Para 2011, a perspectiva da empresa é faturar R$ 145 milhões, com crescimento de 32% sobre o ano passado. Em 2010, a Ersa comercializou 714 mil megawatts/hora (MWh), com crescimento de 232% sobre 2009. O aumento no número de usinas justifica a expansão das vendas.
Os investimentos da empresa em Minas para gerar energias a partir dos ventos devem superar R$ 1,2 bilhão – cálculo baseado no custo de instalação da energia eólica para a Ersa, hoje da ordem de R$ 4,3 milhões por MW. Atualmente, a empresa está investindo R$ 345 milhões na instalação de quatro parques de geração eólica no Rio Grande do Norte, com capacidade para produzir 78,2MW. Na região, a Ersa tem ainda outros dois projetos aprovados com capacidade para 167,9MW e investimentos estimados em mais de R$ 700 milhões. Outros cinco parques eólicos estão na carteira da empresa no Nordeste para instalação no futuro.
A perspectiva da empresa é que dentro de três ou quatro anos as primeiras usinas eólicas em Minas entrem em operação. “Depois de um ano de leitura e da confirmação do potencial de geração, podemos comercializar essa energia nos leilões da Aneel, para depois iniciar a construção da usina”, explica o presidente da Ersa, Roberto Sahade. Com a energia vendida usada como garantia, a empresa obtém o financiamento para a obra junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Nesse tipo de projeto, o financiamento é sempre superior a 55% do valor do empreendimento”, observa Sahade A previsão, de acordo com ele, é que sejam instalados vários parques de geração eólica em Minas.
Sem revelar a região onde mede os ventos, Sahade diz apenas que as informações levantadas pela empresa até agora estão sendo confrontadas com dados do Atlas Eólico de Minas Gerais, concluído em maio do ano passado pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e que apontou um potencial de geração eólica de 40 milMW a 100 metros do solo . A energia elétrica que pode ser gerada pelos ventos no estado, com destaque para o potencial da Região Norte, equivale a quase seis vezes a capacidade de geração atual da Cemig, de 6.754MW. Desse volume, a energia eólica em Minas responde hoje por apenas 1MW, gerado na usina do Morro do Camilinho, em Gouveia.
“A informação que tiramos do cruzamento de dados é muito boa e mostra que o potencial de geração das áreas pesquisadas é elevado, com fator de capacidade média acima de 47%”, afirma o presidente da Ersa. Isso significa, segundo Sahade, que para cada 10MW de potencial em uma área, pelo menos 4,7MW são capacidade firme de geração (energia efetivamente gerada sem interrupção ao longo de um período). A entrada da Ersa no segmento de energia eólica em Minas permitirá à empresa diversificar seu parque de geração elétrica no estado, hoje concentrado em pequenas centrais hidrelétricas (PCH).
Novas usinas
Para mostrar o potencial da energia eólica no estado, a geração potencial dos aerogeradores estimada pela Ersa é superior a todas as PCHs da empresa juntas, incluindo as que estão em projeto. Com a entrada em operação no fim de janeiro da PCH Barra da Paciência, com capacidade para gerar 23MW, a Ersa elevou para 97MW seu parque de geração de energia elétrica no estado, que agora conta com sete usinas. A empresa tem ainda três PCHs em Santa Catarina, que geram 50MW. Maior usina da Ersa, Barra da Paciência está instalada entre os municípios de Açucena e Gonzaga, no Leste do estado, e exigiu investimentos de R$ 135 milhões.
Ainda este mês, a empresa coloca operação outra PCH em Minas (Várzea Alegre), com capacidade para gerar 7,5MW e investimentos da ordem de R$ 60 milhões. Além dos 104,5MW instalados que terá no fim deste mês, a Ersa tem projetos para mais seis PCHs em Minas, com capacidade para mais 107,5MW. Ao todo serão 14 usinas no estado. Segundo Roberto Sahade, juntas, Barra da Paciência e Várzea Alegre representam cerca de R$ 30 milhões a mais de faturamento anual. Em 2010, a receita da Ersa chegou a R$ 110 milhões, com aumento de 161% sobre os R$ 42 milhões faturados em 2009, quando a companhia tinha apenas três usinas. Para 2011, a perspectiva da empresa é faturar R$ 145 milhões, com crescimento de 32% sobre o ano passado. Em 2010, a Ersa comercializou 714 mil megawatts/hora (MWh), com crescimento de 232% sobre 2009. O aumento no número de usinas justifica a expansão das vendas.