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Estado de Minas

Impostos têm alta maior que produção no primeiro trimestre


postado em 04/06/2011 07:00 / atualizado em 04/06/2011 07:10

Brasília – A carga de impostos foi destaque no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas geradas no país), com crescimento em ritmo muito superior à produção nacional. Na comparação entre o primeiro trimestre de 2011 e igual período do ano passado, a arrecadação cresceu 6,5%, enquanto o PIB avançou 4,2%. O aumento da participação relativa dos tributos, que já está entre as mais altas do mundo, despertou o sinal de alerta entre economistas e empresários e indica que será necessário reequilibrar a conta ao longo do ano, a fim de manter a competitividade da indústria nacional. Um dos exemplos mais emblemáticos pode ser observado no preço da gasolina cujo valor por litro, sem as taxas cobradas pelo governo, cairia de uma média de R$ 2,70 para R$ 1,63, no Distrito Federal.

Na avaliação de Rogério César de Souza, economista-chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento da Indústria (Iedi), o forte crescimento na arrecadação de impostos é reflexo de uma economia que, apesar de em movimento de desaceleração, continua a crescer. "O consumo no primeiro trimestre foi alto e impactou na arrecadação", disse. Souza considera que os números reforçam a necessidade de redução nos impostos. "Quanto mais o país cresce, mais arrecada. Contudo, é preciso readequar a carga tributária para não penalizar demais a indústria e matar esse crescimento", acrescentou o economista.

Reforma

Rogério defende a urgência de uma reforma tributária que considere os ganhos na arrecadação advindos de um crescimento expressivo do PIB, de forma a reduzir o peso sobre a sociedade. Alcides Leite, professor de economia da Trevisan Escola de Negócios, tem opinião semelhante. Ele pondera que fatores como a formalização da economia e impostos como o sobre mercadorias (ICMS) impactaram a arrecadação do primeiro trimestre. "No passado, o governo aumentava os impostos em épocas de estagnação econômica como ferramenta para elevar o caixa. Mas agora, a arrecadação subiu naturalmente, porque a economia vem em ritmo de crescimento", argumentou o professor.

No entender de Alcides Leite, o contexto de arrecadação maior puxada pelo crescimento econômico demanda a redução nos impostos para que a carga tributária — calculada com base no total arrecadado sobre o PIB — não cresça ainda mais. "Não é preciso esperar uma reforma tributária, hoje já há margem para redução dos tributos e, ao mesmo tempo, manter a carga no mesmo patamar", explicou emendou Leite.


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