A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) atingiu 0,56% em dezembro ante 0,46% em novembro. O resultado, divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou dentro das estimativas dos analistas que esperavam inflação entre 0,46% e 0,61%, e foi idêntico à mediana das previsões. O preço da refeição fora de casa contribuiu para alta da inflação.
Com este resultado, o IPCA-15 fecha o ano com alta de 6,56%, após subir 5,79% em 2010, acima do teto da meta inflacionária para este ano (6,5%). De novembro para dezembro, houve fortalecimento da taxa de inflação no grupo Alimentação e Bebidas, que passou de 0,77% para 1,28%, e exerceu impacto de 0,30 ponto porcentual no índice do mês, representando 54% do IPCA-15 de dezembro. Isso porque esta classe de despesa foi pressionada por carnes, que ficaram 4 36% mais caras em dezembro após terem subido 1,30% em novembro. Com 0,11 ponto porcentual, as carnes lideraram os principais impactos do mês.
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados de 15 de novembro a 13 de dezembro e comparados com os vigentes de 14 de outubro a 14 de novembro de 2011. O indicador é a prévia do IPCA usado pelo governo como referência para a meta inflacionária.
Refeição
A aceleração de preços em refeição consumida fora de domicílio de novembro para dezembro (de 0,75% para 1,13%) foi um das maiores contribuições para a taxa maior do IPCA-15, que subiu de 0,46% para 0,56%. Segundo o IBGE, o item sozinho respondeu por 0 05 ponto porcentual do desempenho do indicador em dezembro. Nos tipos de refeição consumidos fora de casa, o instituto destacou a aceleração de preços e fim de deflação, respectivamente, em lanche (de 0,30% para 1,57%) e café da manhã (de -0,15% para 2 11%).
Das nove classes de despesa pesquisadas pelo IBGE para cálculo do IPCA-15, quatro apresentaram aceleração de preços de novembro para dezembro. Além de Alimentação (de 0,77% para 1,28%), é o caso de Habitação (de 0,40% para 0,54%); Vestuário (de 0,87% para 1,10%); e Educação (de 0,03% para 0,04%). As outras restantes apresentaram desaceleração ou deflação nos preços. É o caso de Artigos de Residência (de 0,08% para 0,05%); Transportes (de 0,02% para -0,08%); Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,46% para 0,41%);Despesas Pessoais (de 0,82% para 0,74%); e Comunicação (de 0,36% para 0,11%).