Os bancários fecharam pelo menos 5.132 agências e centros administrativos dos bancos em 26 Estados e no Distrito Federal nesta terça-feira, primeiro dia da greve nacional da categoria por tempo indeterminado. A categoria pede 5% de aumento real, valorização do piso salarial, PLR maior, mais empregos e fim da rotatividade, melhores condições de saúde e trabalho, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades.
O balanço, feito pela Contraf-CUT com base nos dados enviados até as 17h30 pelos 137 sindicatos que integram o Comando Nacional dos Bancários, mostra que a paralisação começou mais forte que a do ano passado, quando 4.191 agências foram paralisadas no primeiro dia.
Os bancários aprovaram greve por tempo indeterminado nas assembleias realizadas em todo o país no dia 12 de setembro, depois de cinco rodadas duplas de negociação com a Fenaban. Os bancos apresentaram a única proposta no dia 28 de agosto. O índice de 6% foi considerado insuficiente pelo Comando Nacional. A Contraf-CUT enviou cartas à Fenaban e aos bancos no dia 5 de setembro para reafirmar que apostava no processo de negociação e aguardava uma nova proposta para ser apreciada pelas assembleias previamente convocadas para os dias 12 e 17 de setembro. Mas a federação e os bancos sequer responderam às cartas.
A Federação Nacional de Bancos (Fenaban) não quis comentar o primeiro dia da greve dos bancários. Em entrevista na segunda, o diretor de Relações de Trabalho da Fenaban Magnus Ribas Apostólico, disse que a instituição estava disposta a negociar, mas não poderia dar "grandes saltos", considerando a instabilidade econômica de 2012.
Principais reivindicações dos bancários
Reajuste salarial de 10,25% (aumento real de 5%).
-Piso salarial de R$ 2.416,38.
-PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.
-Plano de Cargos e Salários para todos os bancários.
-Elevação para R$ 622 os valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação, do auxílio-creche/babá e da 13ª cesta-alimentação, além da criação do 13º auxílio-refeição.
-Mais contratações, proteção contra demissões imotivadas e fim da rotatividade.
- Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral
-Mais segurança
-Igualdade de oportunidades
Com Agência Estado