O anúncio foi feito nesta terça-feira, pelo governador Antonio Anastasia, durante coletiva à imprensa na Cidade Administrativa, que ainda acerta os detalhes para a nova operação. Ele foi comunicado oficialmente pela diretoria da empresa, que ainda acerta os detalhes para a nova operação.
Segundo Antonio Anastasia, a conexão direta e diária para Buenos Aires é uma boa notícia para Belo Horizonte e Minas Gerais. A partir de 2008, o Estado intensificou os esforços para atrair voos internacionais, sem conexões, para Belo Horizonte. “A atração de voos internacionais, partindo e chegando a Belo Horizonte, é mais uma estratégia do Governo de Minas para o processo de internacionalização do Estado. Já temos voos diretos para os Estados Unidos e para Portugal, nossa porta de entrada para a Europa. A ligação direta com Buenos Aires, certamente, vai contribuir para que Minas Gerais seja cada vez mais inserida no mercado turístico da América Latina”, disse o governador.
Desde 2008, foram implantados em Minas voos internacionais sem conexões, com destino a Miami - diário pela American Airlines e três vezes por semana, pela TAM -, Panamá - seis vezes por semana - e Lisboa - quatro vezes. O resultado da revitalização do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, foi o crescimento expressivo de passageiros rumos às rotas internacionais. No acumulado de 2008 a 2012, a movimentação no terminal de passageiros somou mais de 1,5 milhão de usuários.
Estagnação
O número de turistas estrangeiros que chegam ao Brasil está estagnado em 5,7 milhões por ano. “O problema é que o Brasil perdeu a competitividade como destino turístico. Perdeu em qualidade, tributação, infraestrutura e divulgação. É mais barato para o estrangeiro ir para o Caribe”, diz Antônio Azevedo, presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav).
Atualmente, do total das viagens realizadas no país, cerca de 90% são de turistas nacionais e 10% de estrangeiros. “A economia do turismo brasileiro é basicamente doméstica. Estamos fazendo esforço para aumentar a competitividade. O problema é o gasto médio elevado lá fora. O brasileiro é fundamentalmente comprador. Até apartamento eles compram no exterior, como em Miami”, afirma José Francisco de Salles Lopes, diretor de Estudos e Pesquisas do Ministério do Turismo.
Lopes e Azevedo criticaram as chances de restrições do governo argentino ao turismo. “Qualquer medida que crie restrição à vinda de argentinos ao país é preocupante. Eles representam 1,6 milhão de turistas ao ano”, analisa Lopes. “Iria impactar muito, pois eles são nossos turistas número um”, completa Azevedo. Tal medida inclusive, é ruim até para as companhias do país vizinho, como a Aerolineas, que está apostando em rotas para que os argentinos também visitem o Brasil.
Apesar da escalada de preços das passagens aéreas, o Ministro do Turismo descartou controle nos valores cobrados. Em abril, na tentativa de estimular o mercado aéreo, o governo brasileiro vai retomar o programa Viaja Mais Melhor Idade, focado no público de terceira idade. Vieira disse que em um futuro próximo o Brasil vai adotar o sistema de visto eletrônico, via internet, para os turistas estrangeiros que ainda necessitam do documento. “É determinação do governo federal que o visto seja dado no mesmo dia, em média, e depois vamos caminhar para a modalidade eletrônica”, afirmou o ministro.
* A jornalista viajou a convite do Panrotas