Num Brasil em que as usinas termelétricas movidas a óleo diesel, óleo combustível e carvão são acionadas de forma recorrente para salvar o país de um eventual apagão elétrico, o que pode elevar a conta de energia em 8,6% em média no ano que vem, Minas Gerais é a salvação. Considerado a caixa-d’água do país, o estado tem nada menos do que 4.251 megawatts (MW) em potencial hidrelétrico ainda não explorados em seus rios. Desse total, 2.100MW são de projetos já aprovados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e os 2.151MW foram inventariados pelo órgão regulador. A estimativa de investimentos nesse potencial energético é de R$ 11 bilhões.
Do total inventariado, 3.600MW dizem respeito à possibilidade de aproveitamentos hidrelétricos de porte médio (entre 30MW e 250MW) e o restante a pequenas centrais hidrelétricas (PCHS). Os números foram levantados pelo Comitê Brasileiro Barragens (CBDB) junto à Aneel. Isso significa que uma usina equivalente em tamanho a 30% de Itaipu, a segunda maior hidrelétrica do mundo, pode ser ativada a partir das águas que correm pelos rios do estado.
Os maiores aproveitamentos hidrelétricos encontram-se nas bacias dos rios Jequitinhonha (575MW), Doce com dois (400MW) e São Francisco (840MW). Os aproveitamentos do Rio Paranaíba (74MW) entre Minas e Goiás, e do Rio São Francisco (209MW) estão com os estudos de viabilidade em análise na Aneel e têm previsão de entrar em operação a partir de 2019.
De acordo com Plínio Ferreira, diretor da Associação Brasileira de Fomento às Pequenas (Abrapch), que realiza hoje, em Belo Horizonte, o terceiro capítulo da série de encontros Futuro das PCHS, no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MG), somente em PCHs o estado poderá ter 5.000MW instalados em 10 anos, o que significaria uma capacidade de atendimento de uma região onde vivem 15 milhões de pessoas. Hoje, existem 101 PCHs em operação no estado, seis em construção e 199 projetos em diversas fases na agência reguladora. “Nossa luta é contra os entraves, as mudanças de regulação e as dificuldades existentes dentro da Aneel para liberar cerca de 2.100MW”, explica.
O problema é que os projetos de PCHs dificilmente saem do papel. Segundo Ricardo Aguiar Magalhães, diretor regional do CBDB em Minas, isso ocorre por causa da concorrência com a implantação de usinas eólicas e térmicas no país, que recebem incentivos governamentais para a diversificação da matriz elétrica brasileira. “O Operador Nacional do Sistema Elétrico e a Aneel sabem muito bem quais usinas serão feitas primeiro, a partir de um ranking de custos do MW/hora. O projeto que sai primeiro é aquele que tem o MW mais barato”, diz.
Hoje, a Abrapch realiza, na sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MG), o terceiro capítulo da série Futuro das PCHs, que tem o objetivo de debater o processo de retomada dos investimentos nessas pequenas usinas no país. “Se houver um programa de estímulo, em três ou quatro anos podemos pôr entre 4.000MW e 5.000MW em operação em Minas, com investimentos estimados de R$ 7 bilhões”, diz Plínio Pereira.
Do total inventariado, 3.600MW dizem respeito à possibilidade de aproveitamentos hidrelétricos de porte médio (entre 30MW e 250MW) e o restante a pequenas centrais hidrelétricas (PCHS). Os números foram levantados pelo Comitê Brasileiro Barragens (CBDB) junto à Aneel. Isso significa que uma usina equivalente em tamanho a 30% de Itaipu, a segunda maior hidrelétrica do mundo, pode ser ativada a partir das águas que correm pelos rios do estado.
Os maiores aproveitamentos hidrelétricos encontram-se nas bacias dos rios Jequitinhonha (575MW), Doce com dois (400MW) e São Francisco (840MW). Os aproveitamentos do Rio Paranaíba (74MW) entre Minas e Goiás, e do Rio São Francisco (209MW) estão com os estudos de viabilidade em análise na Aneel e têm previsão de entrar em operação a partir de 2019.
De acordo com Plínio Ferreira, diretor da Associação Brasileira de Fomento às Pequenas (Abrapch), que realiza hoje, em Belo Horizonte, o terceiro capítulo da série de encontros Futuro das PCHS, no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MG), somente em PCHs o estado poderá ter 5.000MW instalados em 10 anos, o que significaria uma capacidade de atendimento de uma região onde vivem 15 milhões de pessoas. Hoje, existem 101 PCHs em operação no estado, seis em construção e 199 projetos em diversas fases na agência reguladora. “Nossa luta é contra os entraves, as mudanças de regulação e as dificuldades existentes dentro da Aneel para liberar cerca de 2.100MW”, explica.
O problema é que os projetos de PCHs dificilmente saem do papel. Segundo Ricardo Aguiar Magalhães, diretor regional do CBDB em Minas, isso ocorre por causa da concorrência com a implantação de usinas eólicas e térmicas no país, que recebem incentivos governamentais para a diversificação da matriz elétrica brasileira. “O Operador Nacional do Sistema Elétrico e a Aneel sabem muito bem quais usinas serão feitas primeiro, a partir de um ranking de custos do MW/hora. O projeto que sai primeiro é aquele que tem o MW mais barato”, diz.
Hoje, a Abrapch realiza, na sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-MG), o terceiro capítulo da série Futuro das PCHs, que tem o objetivo de debater o processo de retomada dos investimentos nessas pequenas usinas no país. “Se houver um programa de estímulo, em três ou quatro anos podemos pôr entre 4.000MW e 5.000MW em operação em Minas, com investimentos estimados de R$ 7 bilhões”, diz Plínio Pereira.