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Estado de Minas

Petrobras: lucro despenca 20%

Preços dos combustíveis e atuação no exterior influenciaram no resultado do trimestre. Investidores esperavam aumento de 10%


postado em 09/08/2014 07:00 / atualizado em 09/08/2014 07:45

Sílvio Ribas

Brasília – A diferença entre os preços dos combustíveis vendidos no Brasil e o valor pago pela Petrobras no exterior encurtaram os ganhos da estatal no segundo trimestre. A empresa apresentou um lucro líquido de R$ 4,96 bilhões de maio a junho, uma retração de 20% em relação a igual período do ano passado. O prejuízo da área de abastecimento da Petrobras saltou 88% no segundo trimestre, na comparação com igual período de 2013, de R$ 2,06 bilhões para R$ 3,88 bilhões. O resultado acompanhou as importações de derivados, que dispararam 33%, de 708 mil barris diários para 941 mil barris na mesma base de comparação. Segundo a estatal, as importações atípicas se deveram ao aproveitamento de oportunidade comercial e de maior emprego de óleo importado no refino.

A Petrobras informou ainda que os maiores custos de aquisição e transferência de petróleo, decorrente da elevação do dólar frente ao real (13%), e o provisionamento do Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário (PIDV) engordaram do prejuízo do abastecimento no primeiro semestre, de R$ 8,69 bilhões, ante os R$ 6,758 bilhões de igual período de 2013. A empresa lembrou que as perdas na área foram parcialmente compensadas pelos reajustes nos preços do diesel e da gasolina no começo do ano.

EXPECTATIVAS
O resultado divulgado ontem, após o fechamento dos mercados, frustrou as expectativas de investidores e de analistas, que apostavam em alta de, pelo menos, 10%. Contrariou até a estimativa mais pessimista, feita pelo Credit Suisse, de R$ 5,8 bilhões. No primeiro semestre do ano, o ganho acumulado foi de R$ 10,35 bilhões, um recuo de 25% sobre janeiro a março de 2013 (R$ 13,89 bilhões).

“Em paralelo ao aumento de produção e redução de custos, buscamos a convergência dos preços de derivados no Brasil com os preços internacionais, de tal forma a tornar factível o atendimento dos indicadores financeiros nos limites e prazos impostos à diretoria colegiada pelo conselho de administração”, ressaltou a presidente da Petrobras, Graça Foster.

Segundo relatório divulgado ao mercado, o maior volume produzido de petróleo e gás no território nacional colaborou positivamente com o desempenho financeiro da maior companhia brasileira. Mas esse reforço, aliado aos ganhos cambiais, foi insuficiente para ampliar o lucro trimestral em relação ao segundo trimestre de 2013. Outro indicador preocupante informado ontem veio da dívida líquida da estatal, que cresceu 9% no segundo trimestre em relação ao primeiro, alcançando R$ 241,4 bilhões. O endividamento total subiu 15%, para R$ 307,7 bilhões, enquanto o caixa avançou 43%, para R$ 66,36 bilhões.


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