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Estado de Minas

Gado fica magro e custos engordam com falta de chuva


postado em 01/09/2014 07:34

Pirapora e Buritizeiro – Em Barra do Guaicuí, distrito de Várzea da Palma, no Norte de Minas, quem não tem bomba para puxar a água sofre os efeitos da forte estiagem. É o que ocorre na fazenda de seu José Gonzaga Soares Prudêncio, criador de gado leiteiro. A propriedade dele fica a poucos metros do encontro do Velho Chico com o Rio das Velhas. "Quando o leito está normal, 'joga' umidade no pasto. Com o rio vazio, o capim seca. Precisamos rodar 15 quilômetros para buscar mato para o gado. Depois, são mais 15 quilômetros para voltar. Além disso, precisamos dar mais ração para os animais. O custo da produção aumentou. Estamos trabalhando no vermelho”, contou Adão Ricardo, filho de seu José.

Criadores de gado de corte também sofrem com a seca. Em Buritizeiro, as 70 cabeças do fazendeiro Francisco Fonseca, de 50, estão abaixo do peso ideal. "Pelo menos 20% abaixo do que deveriam pesar caso o pasto estivesse verde". Para confinar os bichos e comprar ração, ele precisou se desfazer de outras 15 cabeças. "O boi de corte é vendido, geralmente, em março, quando ocorre o que chamamos de pasto das águas. Em 2014, contudo, não vendi animais, porque estavam com peso bem abaixo do ideal. Eu iria perder dinheiro. Torço para chover para que ocorra a engorda", deseja o fazendeiro.


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