A pesquisa da Great Place To Work® (GPTW) , em parceria com o jornal Estado de Minas, com a revista Encontro e com a Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), contou com 249 empresas inscritas e foi dividida em três categorias: “Pequenas”, com 50 a 99 funcionários; “Médias”, de 100 a 999 trabalhadores; e “Grandes”, com mais de 1 mil colaboradores. O estudo, que está na terceira edição, é visto como essencial por gestores e especialistas, por ser uma bússola para as organizações e ressaltar o reconhecimento interno do meio empresarial no momento de crise política e econômica por qual passa o país.
Ela enfatiza que o meio empresarial está revendo suas finanças este ano, cortando gastos e tentando atrair mais clientes, apostando na inovação com tecnologia. “Mas muitas empresas não estão olhando para as pessoas que criam isso e que podem ter uma ideia genial. Por isso, esse grupo seleto do ranking de Melhores Empresas para Trabalhar de Minas é aquele que vai atravessar o momento com tranquilidade e sem medo, porque valoriza o seu capital humano”, aposta.
Um dos destaques do estudo é que, entre os entrevistados, 95% disseram que onde trabalham há imparcialidade, independentemente de gênero, raça ou orientação sexual. “As pessoas buscam trabalhar onde são respeitadas, percebem como as lideranças tratam os demais, valorizam quando as empresas cumprem o que prometem. São fatores que ficam à frente da remuneração”, comenta a consultora organizacional e professora do MBA Executivo do Ibmec, Roseluci Mafia. Ela diz que são quatro os pilares que fazem uma empresa ter reconhecimento dos seus funcionários: crescimento profissional, qualidade do ambiente, líderes justos e competentes, e a remuneração. “As pessoas gostam de trabalhar e aquelas que respeitam seus funcionários, são claras sobre as ações e medidas e reconhecem o trabalho do colaborador vão ser valorizadas pelos profissionais. Caso contrário, estarão insatisfeitos e insatisfação não gera uma boa produção”, alerta.
Que o diga o supervisor de topografia da Anglo American, Wellington Silveira. A mineradora é a terceira no ranking de Melhores Empresas para Trabalhar em Minas, na área com mais de 1 mil colaboradores. Aos 32 anos, Silveira confirma que a Anglo é merecedora. “Cheguei aqui em 2007 para trabalhar como auxiliar de geologia, como terceirizado. Fui contratado no mesmo ano e, depois disso, recebi várias promoções até chegar ao cargo em que estou”, comenta. Silveira garante que o bom de trabalhar ali é que, além de oportunidades de crescimento para todos, a empresa preza pela segurança dos seus funcionários.
“Ainda há o respeito com o meio ambiente. Mesmo em uma situação de crise, a Anglo foi transparente com todo mundo. Ela se esforçou para manter os benefícios e compromissos que tinha conosco e também com a comunidade. Tudo isso dá tranquilidade e prazer de trabalhar aqui”, orgulha-se.
ORGULHO A satisfação de Wellington Silveira corresponde a outro índice destaque da pesquisa, em que 89% dos funcionários das Melhores Empresas para Trabalhar em Minas disseram sentir orgulho ao contar que trabalham na organização. “É um outro dado que nos chamou a atenção já que, no momento de crise, as pessoas se sentem ameaçadas e desconfiadas com o local onde trabalham. No índice, elas mostraram confiar nessas empresas. Tanto é que 82% dos entrevistados afirmaram que têm gestores éticos e honestos”, reforça Clara Pacheco, acrescentando que, sem sombra de dúvidas, as empresas premiadas nunca vão deixar de investir em seus colaboradores porque aprenderam que a valorização do capital humano é o caminho para atravessar crises com mais facilidades.
As vencedoras
O que os empregados dizem delas
82%
afirmam ter gestores honestos e éticos
89%
sentem orgulho de onde trabalham
249
empresas disputaram o prêmio
134
funcionários ouvidos
54%
dos funcionários das empresas mineiras receberam mais de três feedbacks por ano
9%
foi o aumento no faturamento que as Melhores Empresas tiveram juntas no momento de crise