Representante de empresários do setor de supermercados, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) emitiu uma nota sobre o cenário eleitoral no qual pede "respeito à democracia e às diferenças" e defende ainda que o próximo governo tenha "políticas voltadas para o desenvolvimento social".
A nota, assinada pelo presidente da entidade, João Sanzovo Neto, afirma que as eleições devem ir além das desavenças partidárias e buscar soluções para problemas como o desemprego. A falta de emprego, comenta a entidade, "afeta diretamente o consumo do setor".
A articulação de empresários do varejo junto a candidatos nas eleições de 2018 tem ocorrido por meio da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs), grupo que reúne, além dos representantes do setor de supermercados, entidades de empresários do atacado, de restaurantes, materiais de construção, entre outros. A Unecs chegou a promover um debate com os principais candidatos à Presidência no primeiro turno, mas entidades afirmam que não tem havido nova articulação neste segundo turno.
Na nota divulgada desta terça-feira, 23, a Abras lista ainda algumas pautas que o setor espera que evoluam no próximo governo.
"A redução de juros bancários é uma das principais demandas da Abras, que se somam, também, a permissão para que os supermercados voltem a comercializar medicamentos isentos de prescrição médica; simplificação tributária; aprovação do cadastro positivo, entre outros pleitos", diz a nota. "Precisamos de um governo engajado, que olhe para os empresários brasileiros, mas que também tenha políticas voltadas para o desenvolvimento social. Uma população com mais oportunidades, mais emprego, será também uma população mais consumidora", conclui.
Outra entidade do setor de comércio e serviços, a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad) também havia se posicionado logo após o segundo turno pedindo "serenidade". "Independentemente de quem seja eleito, no dia seguinte à votação ainda teremos nossas empresas para tocar e compromissos a honrar; e para isso é preciso que o país funcione dentro da normalidade, que as instituições cumpram seus papéis, que as portas do diálogo estejam abertas", defendeu o presidente da Abad, Emerson Destro.
ECONOMIA