27/08/2017
Autor do livro "Rios invisíveis da metrópole mineira", o geógrafo Alessandro Borsagli diz que, dos 700 quilômetros de cursos d'água existentes em BH, apenas o Ribeirão Arrudas foi incluído nos traçados do planejamento da nova capital, no fim do século 19.
A artista plástica Isabela Prado gravou o som dos córregos esquecidos de BH, subjugados por toneladas de concreto ao longo de décadas. Entre os anos 1920 e 1940, obras de canalização mudaram dezenas de cursos d'água, na maioria das vezes para privilegiar a construção de ruas.
Belo Horizonte tem cerca de 1,4 mil nascentes, mas uma dúvida sempre acompanha essa riqueza natural: A água é ou não limpa? Para Josete Aquino, de 60 anos, vizinha da Bica do Horto, o líquido não é próprio para consumo humano. Outros moradores, porém, consideram que "a água é sagrada".
Nascente entre os bairros Indaiá e São Francisco emerge entre mato e lixo, numa área conhecida como Parque do Brejinho, devido às muitas promessas do poder público de torná-la um parque ecológico. Para Márcio Eustáquio, descaso e abandono comprometeram o uso da fonte pelos moradores da região.
Cerca de 45% da água que abastece a Grande BH vem do Rio das Velhas, segundo o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas, Marcus Vinicius Polignano. Apesar da generosa contribuição do manancial para a região metropolitana, o depósito diário de lixo nos afluentes, os ribeirões Arrudas e do Onça, faz com que quase metade do rio seja de esgoto no período de seca.
Expediente
Produção e reportagem
Ellen Cristie
Juliana Cipriani
Luiz Othavio Gimenez
Mariana Peixoto
Simon Henrique
Vídeos
Gladyston Rodrigues
Getúlio Fernandes
Larissa Kümpel
Fotos
Gladyston Rodrigues
Edição de vídeos
Getúlio Fernandes
Abertura
Concepção: Fred Bottrel
Produção: Rafael Alves, Getúlio Fernandes e Larissa Kümpel
Edição de textos
Rafael Alves
Roney Garcia
Animação
Getúlio Fernandes
Imagens do mapa
Google Earth
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