O consórcio de universidades federais de Minas Gerais, conhecido como Superuniversidade do Sudeste, avança com a adesão de cinco instituições de ensino superior ao projeto. A última foi a Universidade Federal de Viçosa (UFV), em decisão tomada na reunião do Conselho Universitário no fim da semana passada. Agora, só falta o aval das federais de Ouro Preto (Ufop) e de São João del-Rei (UFSJ), previsto para ocorrer até agosto. A formalização da adesão é o último passo para consolidar o consórcio que, conforme o Estado de Minas anunciou em maio, já tem recursos garantidos e endereço próprio.
O Ministério da Educação (MEC) confirmou a liberação de R$ 20 milhões para a formação da Superuniversidade, cuja sede será instalada num prédio da União em Caxambu, no Sul de Minas. A cidade de 21,5 mil habitantes e distante 361 quilômetros de Belo Horizonte, vai abrigar o Centro de Pesquisa e Inovação do consórcio e se tornar o mais novo polo de desenvolvimento cultural, econômico e de pesquisa do estado.
A coordenação geral, que será feita de maneira rotativa, inicialmente ficou a cargo da Unifal. A instituição também ficará encarregada do setor de planejamento e gestão. A pesquisa será responsabilidade da Federal de Itajubá; extensão e cultura, de São João del-Rei; assistência estudantil, da Ufop; graduação, de Viçosa; e pós-graduação, da universidade de Juiz de Fora. A adesão das instituições ao consórcio é feita em reunião dos conselhos universitários de cada uma delas. Depois das cinco já confirmadas, a previsão é de que a Ufop formalize sua participação ainda este mês e a UFSJ, em agosto, segundo o coordenador do projeto e reitor da Unifal, Paulo Márcio de Faria Silva.
Juntas, as sete universidades do consórcio reúnem 48 mil alunos de graduação, 4,3 mil professores e quase 6 mil funcionários técnico-administrativos. A Superuniversidade vai oferecer 239 cursos de graduação e 45 programas de mestrado e doutorado. Com a integração, pelo menos 815 bolsas de mobilidade acadêmica serão oferecidas a estudantes, docentes e servidores e um Corredor Cultural será criado para permitir o intercâmbio de grupos, manifestações e projetos culturais entre as universidades.