O percentual do bônus que aumenta as notas dos candidatos ao vestibular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) que estudaram em escolas públicas ou se autodeclaram negros ou pardos diminuiu pela metade. O anúncio foi feito durante entrevista coletiva realizada na manhã desta sexta-feira pela pró-reitora de Graduação da UFMG, Antônia Aranha, e pela coordenadora da Comissão Permanente do Vestibular (Copeve), Vera Resende. Segundo elas, a medida não muda nada para os candidatos, uma vez que é apenas uma consequência da alteração do cálculo da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A fórmula batizada polinômio foi substituída por uma equação simples de regra de três.
A Universidade garantiu que a mudança não altera a permanência de um terço de alunos bonistas nas salas de aula. “Essa mudança de percentuais não significa redução no número de bonistas que entram na UFMG. Ela é necessária por causa da alteração no cálculo de transposição da nota do Enem para a UFMG, que não usará mais o polinômio. A universidade vai manter a política de bônus no mesmo patamar de 2009. Do total de aprovados no Vestibular UFMG, 30% devem continuar correspondendo aos beneficiados pelo bônus”, explicou Antônia Aranha.
Antônia Aranha explica que o polinômio foi pensado, desde seu início, como medida pontual, e seu objetivo era manter o equilíbrio entre a nota obtida pelos bonistas e os não bonistas. Ela acredita que a utilização dessa equação foi válida nos dois últimos anos, por causa do Enem, mas agora, para aprimorar a seleção, optou-se por uma nova maneira de cálculo.
(Com informações da UFMG)