Os estudantes mineiros faturaram 111 das 500 medalhas de ouro da 7ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) 2011, o que deixou o estado em primeiro lugar. A entrega dos prêmios foi ontem no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e teve a presença da presidente Dilma Rousseff. O Rio ficou em segundo lugar com 84 medalhas de ouro e São Paulo veio na sequência, com 78. Mais de 18,7 milhões de estudantes de 44,6 mil escolas de todo o país participaram da competição.
A presidente Dilma Rousseff lembrou a importância da conquista para os alunos e definiu como de superação o caminho percorrido por eles até conquistar o ouro. Ela também destacou o papel da olimpíada de incentivar o estudo das ciências exatas nas escolas. “Só vamos dar os necessários passos à frente quando conseguirmos generalizar esta vocação científica”, afirmou.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ressaltou a intenção de fazer a primeira edição da Olimpíada do Conhecimento em 2016. A meta é integrar os calendários de todas as competições do gênero existentes no Brasil, como a de física, astronomia e matemática, entre outras. “Estamos fazendo um esforço para integrar os calendários das 13 olimpíadas que acontecem no país”, destacou. A intenção seria permitir uma maior coordenação dos calendários das provas, para evitar que se chocassem.
Além dos 500 alunos que receberam o prêmio máximo, a Obmep concedeu 900 medalhas de prata, 1.802 de bronze e 30 mil menções honrosas. Também foram premiados os jovens com melhor colocação nos estados que não conquistaram ouro.
A competição é promovida desde 2005 pelos ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação, entre alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e do ensino médio de instituições públicas municipais, estaduais e federais. O objetivo é incentivar o estudo da matemática e revelar talentos nas escolas públicas.
Os 3,2 mil estudantes mais bem classificados na olimpíada passada puderam participar de um programa de iniciação científica júnior com bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). De acordo com o diretor-geral do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), professor César Camacho, a meta é expandir este número para chegar a 10 mil bolsas em 2016. A quantidade de bolsas será ampliada já este ano para os 4,5 mil mais bem classificados de 201.