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Estado de Minas

Polícia deve apresentar suspeito de saidinha de banco que acabou com morte de policial


postado em 01/06/2011 07:48 / atualizado em 01/06/2011 07:54

A Polícia Civil deve apresentar nesta quarta-feira o suspeito de matar o investigador Wladimir Batista Rocha, de 48 anos, numa saidinha de banco na Região do Barreiro. No fim da tarde de terça, o policial civil levou um tiro na cabeça e um na perna. O colega dele, Whithe dos Santos Almeida, de 34, foi atingido no tórax e na perna, sendo levado para o Hospital João XXIII

Os policiais foram abordados na esquina das ruas Desembargador Reis Alvos e Bom pastor, às margens do Anel Rodoviário e a poucos passos da entrada de uma oficina para onde levariam o dinheiro sacado no banco. Os agentes teriam reagido ao assalto.

A polícia conseguiu prender um dos acusados, Wallisson Kennedy da Silva, de 22 anos, que saiu na manhã de segunda-feira da Penitenciária Dutra Ladeira, onde cumpria pena por assalto. Frande contingente de policiais civis e militares fez buscas ao longo da tarde. Um dos outros suspeitos se chamaria Rafael, também conhecido como “Ratinho”. Segundo o delegado chefe do Departamento de Operações Especiais (Deoesp), Islande Batista, Wallisson confessou a participação no crime e teria dito que havia apenas mais um comparsa. Batista suspeita que o assaltante possa estar escondendo outro integrante do bando.

"Bico"

Na cena do crime, vários agentes da Polícia Civil estavam inconformados. Alguns deles afirmaram que Wladimir e Whithe faziam “bico” no momento em que foram abordados e tentavam justificar o trabalho extra e irregular. “A gente recebe pouco, muitos colegas acabam tendo de recorrer a isso”, admitiu um investigador de Betim, na região metropolitana. A polícia não comenta a hipótese de “bico”.

No entanto, Edna Coelho, irmã do proprietário da oficina, revelou que o dinheiro em poder dos agentes seria destinado ao pagamento de funcionários. “O Wladimir fazia isso de vez em quando para o meu irmão, ele era amigo da família”, sustenta Edna, que também trabalha na mecânica. Ela relata que, por volta das 14h, escutou gritos de “Perdeu, perdeu” e que, em seguida, vieram os disparos.

As vítimas já tinham descido do carro em que estavam, um Palio preto, e caminhavam em direção ao portão da oficina, quando dois homens em uma moto os cercaram. Segundo Edna, Whithe Almeida teria conseguido acertar a perna de um dos assaltantes. Policiais de uma viatura da Polícia Militar que estavam nas imediações do tiroteio escutaram os disparos, chegaram ao local e iniciaram a perseguição aos criminosos, que fugiram, sem levar o dinheiro, na moto. Pouco metros adiante, Wallison Silva desceu da motocicleta e tentou fugir a pé, mas foi preso perto da cena do crime, em uma matagal próximo à entrada da Via do Minério, no Anel Rodoviário.

Vítima

Wladimir era casado, tinha quatro filhos, três trigêmeos de 6 anos e um adolescente de 14, e estava havia 25 anos na corporação. Ele vivia no Vale do Jatobá, na Região do Barreiro, e era da Divisão de Orientação e Proteção à Criança e ao Adolescente (Dopcad) de Contagem.


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