De acordo com balanço divulgado ontem, a Assembleia recebeu 4.510 na consulta popular aberta com objetivo de levantar ideias para a reforma da praça, tombada desde 2009 e com recomendação de restauração pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de BH. Durante 10 dias, frequentadores puderam deixar, em urnas espalhadas pela área verde, suas sugestões para a melhoria do espaço.
Encerrada ontem, a consulta pública, segundo Pinheiro, apontou que as principais deficiências dizem respeito à segurança, banheiros públicos e infraestrutura em geral. Em matéria publicada em maio, antes da abertura do procedimento, o Estado de Minas ouviu frequentadores da Praça da Assembleia, que antecipavam suas qualidades e problemas.
Na avaliação dos entrevistados, as principais falhas eram iluminação precária, ausência de bebedouro e a necessidade de revitalização dos jardins, assinados por Roberto Burle Marx (1909-1994). Também houve queixas quanto à falta de segurança, apesar da presença de um posto policial no espaço, ao uso da praça como banheiro por moradores de rua e ao fato de cães urinarem na areia do playground.
Vizinha à praça, a Assembleia Legislativa vai adotar a área de 33,7 mil metros quadrados e, de acordo com Dinis Pinheiro, a revitalização será a primeira iniciativa. “Vamos nos debruçar sobre as sugestões e elaborar um projeto conclusivo, que será apresentado à iniciativa privada. Já temos dois parceiros em vista, que devem bancar a reforma. Nossa previsão de início é entre janeiro e fevereiro”, adianta.
Apesar de prevista no projeto original da cidade, a praça permaneceu como descampado até o fim da década de 1960 e só foi implantada com a construção da Assembleia Legislativa, na década de 1970. Além dos jardins, os destaques são a escultura em aço de Amilcar de Castro (1920-2002) e a Igreja Nossa Senhora de Fátima, no centro da área verde. A última revitalização ocorreu nos anos 1990.