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Estado de Minas MEMBROS DA FAMÍLIA

Cães perdidos se transformam em drama rotineiro

Gravatinha com nome ou outro sinal de identificação é essencial para localizar o animal


postado em 20/08/2011 06:00 / atualizado em 20/08/2011 08:03

A bailarina Ive Tricta (direita) e o filho, Iann, receberam o cãozinho Nury da mãe de Aline, que o encontrou na Praça do Papa(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
A bailarina Ive Tricta (direita) e o filho, Iann, receberam o cãozinho Nury da mãe de Aline, que o encontrou na Praça do Papa (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
 

O velho ditado nunca falha. Para muitas pessoas, o cão é o melhor amigo do homem, companheiro inseparável de todas as horas. Na casa da bailarina Ive Tricta, de 37 anos, o cãozinho Nury sempre foi uma espécie de fiel escudeiro. É o melhor amigo de Iann Tricta, de 2 anos, filho de Ive. Como o bichinho de estimação já faz parte da família há oito anos, desde o seu nascimento, Ive ficou muito triste quando ele desapareceu. "Fui à Praça do Papa com meu marido e meu filho fazer um passeio. O Nury estava correndo para todo lado, mas sempre perto de nós. De repente, ele sumiu e ficamos loucos", disse a bailarina. O jeito então foi procurar pela praça, mas ele não apareceu. "Cheguei até em pensar em roubo. O Nury presenciou minha primeira gravidez e era uma espécie de guardião do Iann. Ninguém podia chegar perto do berço do meu filho sem autorização dele", brincou Ive. O jeito foi espalhar cartazes pelas ruas dos bairros Mangabeiras e Anchieta, na Região Centro-Sul de BH.

Cada dia que passava sem o amigo fazia o coração de Ive ficar mais apertado. "Eu chorava compulsivamente todas as noites. Foi até curioso, porque sempre peço meu filho para não chorar. Dessa vez, foi ele que chegou pra mim e falou: 'Mamãe, pare de chorar!'", disse. Apesar do temor de perder o guardião da próxima filha, já que Ive está grávida de nove meses, ela nunca deixou de acreditar que reencontraria o animal. Na última quarta, depois de receber um aviso de uma pet shop, a alegria voltou à família. A cabeleireira Aline Rocha, de 25 anos, entrou em contato e disse que estaria de posse de um cão da raça lhasa apso, que poderia ser Nury. As duas marcaram encontro na casa de Aline, no Bairro Palmares, Região Nordeste. Os chamados da dona foram inconfundíveis para o cãozinho, que não perdeu tempo e correu para os braços da bailarina e do pequeno Iann. Aline contou como Nury chegou até ela: "Levei meus filhos para brincar no Parque das Mangabeiras e, enquanto estavam com meu marido, fui à Praça do Papa comprar um papagaio. Quando voltava ao parque, escutei um espirro e descobri o cachorro atrás do meu banco. Como não achei mais ninguém na praça, trouxe para casa e cuidei". A cabeleireira disse que o reencontro só foi possível por causa da gravata do animal, com o nome da pet shop.

Fuga e tristeza

A estudante Silvânia Trindade, de 26 anos, não teve a mesma sorte de Ive e Iann e ainda procura o amigo Lex, mistura de rottweiler e pitbull, que fez aniversário no último dia 1º, mesma data em que sumiu. "Quando abri o portão para guardar o carro ele fugiu", contou a estudante. "Ele é muito dócil e brincalhão, por isso alguém deve ter pegado. Não é apenas um cachorro, é um membro da família", afirmou.

Para Maria Eduarda Fraga, de 13 anos, os dias não são os mesmos sem o amigo Tico. Depois de 12 anos com a família, o poodle fugiu de uma casa de veraneio na Pampulha e não apareceu mais. "Como ele não é castrado, deve ter sentido algum cheiro e passou pela grade", disse pai da garota, Franciso Fraga, de 62 anos. A família já procurou várias entidades e prometeu até uma recompensa de R$ 300 para quem achar o bichinho. "Como ele é muito pequeno, deve ter entrado na casa de alguém na região", disse o pai da menina.

Os irmãos Gabriel Nino Naves, de 19 anos, e Luiza Maria Naves, de 16, já não têm mais esperanças de encontrar a cadelinha Kika, da raça yorkshire, sumida no Natal de 2009. O momento de comemoração para a família se transformou em tristeza depois que eles descobriram que ela havia sumido. "Estávamos na Bahia e resolvemos não levá-la. Ela ficou na casa de um amigo e a casa foi invadida por ladrões. No meio da confusão, foi levada", disse Gabriel. Nem a colocação de faixas e cartazes com a foto da cadela ajudou a encontrá-la.

A Sociedade Mineira Protetora dos Animais, com sede em BH, recebe todos os dias cerca de cinco cachorros sem dono, a maioria abandonados. O canil da instituição tem 500 cães, sendo que todos são encaminhados para a adoção depois de tratados. "Como somos referência, muitas pessoas nos procuram atrás de informações", informou a presidente da ONG, Leilane Lopes. Contato com a Sociedade Mineira Protetora dos Animais pelo telefone 3433-0900.

Se voce perdeu um cachorro, mande foto do animal para jornalismo@uai.com.br


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