A decisão dos professores da rede estadual de ensino de manter a greve no estado por tempo indeterminado foi recebida nesta quarta-feira com frustração pela Federação das Associações de Pais e Alunos das Escolas Públicas (Fapaemg). Na última segunda-feira a entidade se reuniu com a secretária de Educação de Minas, Ana Lúcia Gazzola, que prometeu empenho para solucionar o impasse entre professores e o governo. No entanto, as medidas anunciadas pela Secretaria de Educação em conjunto com a Secretaria de Planejamento e Gestão foram rejeitadas pelos grevistas.
O presidente da Fapaemg afirma que a entidade recorreu ao MPE, há mais de um mês. “Se o governo paga ou não o piso, se tem ou não o dinheiro para pagar, se os professores têm ou não razão é o Ministério Público quem tem de avaliar e tomar as medidas cabíveis”, avalia Mário. Segundo ele, os promotores do estado são coniventes com a situação e os acusa de “traição do povo”.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o Ministério Público nega omissão ao caso, já que por duas vezes a Coordenadoria de Defesa da Educação já se reuniu com as secretarias de Educação e Planejamento e Gestão e com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-Ute). O último encontro ocorreu na semana passada e ainda não há nada para uma terceira reunião com as partes. O MPE garante que a situação está sendo analisada e tão logo haja um esclarecimento sobre o assunto, caso o impasse não seja solucionado, o órgão irá acionar a Justiça para que tome uma decisão.