Os policiais civis de Minas Gerais poderão suspender novamente as atividades neste ano. Em reunião realizada na tarde desta terça-feira, na Assembleia Legislativa, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol/MG) votou pelo indicativo da greve. Eles vão paralisar as atividades a partir de 4 de novembro, caso o governo não mude o texto da lei orgânica que dispõe sobre a organização da Polícia Civil e o regime jurídico da corporação. A norma define objetivos, estrutura básica e competências da corporação.
Em maio deste ano, os policiais fizeram uma paralisação que durou 71 dias. Eles suspenderam a greve depois que o governo sinalizou que iria negociar com a categoria. Entre as reivindicações dos policiais estão o aumento no quadro de funcionários, equiparação remuneratória de delegados da polícia e representantes do Ministério Público, aumento do efetivo e melhores condições de trabalho.
Em julho deste ano, o governo apresentou uma proposta de reajuste de 10% para todos os servidores.
O em.com.br entrou em contato com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), que informou que a própria Polícia Civil iria passar informações sobre a paralisação. A corporação, no entanto, disse que não vai se pronunciar sobre o assunto.
População não confia na Polícia Civil
Nessa segunda-feira, a Associação de Delegados de Polícia de Minas Gerais (Adepolc-MG) divulgou dados de uma pesquisa que mostra que a população de Belo Horizonte está insegura. Foram ouvidas 460 pessoas de diferentes classes sociais, nos dias 3 e 4 de setembro, que opinaram sobre o trabalho da Polícia Civil no combate à criminalidade. Os dados serão usados pela associação para mostrar que a polícia precisa de investimentos para dar segurança à população.