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Estado de Minas

Sem previsão de reforma do coreto mais charmoso da capital

Desde março, construção está fechada para acesso da população por causa de danos provocados pela chuva


postado em 12/10/2011 06:00 / atualizado em 12/10/2011 08:02

Iepha não tem previsão de obras para espaço, fechado desde março(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press - 08/09/11)
Iepha não tem previsão de obras para espaço, fechado desde março (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press - 08/09/11)
O coreto mais famoso de Belo Horizonte, o da Praça da Liberdade, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul, está fechado para o público desde março e não há previsão para reforma. Enquanto isso, apresentações artísticas abertas ao público estão suspensas, o que deixa o ambiente mais triste para os visitantes, principalmente turistas e casais de noivos, que procuram o espaço para fotografias. O coreto foi fechado depois de ter a sua estrutura danificada pelas chuvas de janeiro. Segundo o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha), o projeto de reforma encontra-se no Departamento de Contratos e Licitações, ainda sem previsão de início das obras.

Em novembro do ano passado, o coreto já havia sido interditado pela prefeitura depois que uma ripa de madeira caiu e quase atingiu turistas. Faixas foram colocadas, mas não impediram o acesso de visitantes. Na época, especialistas alertaram sobre o risco de desabamento da estrutura.

Tombado pelo patrimônio estadual em 1977, o coreto faz parte do complexo paisagístico e arquitetônico da Praça da Liberdade, construída na época da fundação da nova capital, de 1895 a 1897, para abrigar a sede do poder público mineiro. Os jardins foram inspirados no Palácio de Versalhes, em Paris, na França.

O coreto sempre foi palco de um dos eventos mais tradicionais da cidade, que é a série de concertos de música Quatro Cantos Coral na Praça, promovido pelo BDMG Cultural. Há 18 anos, as apresentações reuniram centenas de pessoas, uma vez por mês, de abril a setembro. Mas este ano, segundo o coordenador administrativo do coral, Marcílio Antônio Palhares Horta, elas precisaram ser transferidas para o coreto da Praça Carlos Chagas, no Bairro Santo Agostinho, devido à proibição do Iepha. “O ano passou e a gente não viu nada de reforma. O coreto da Praça da Liberdade está parado desde março”, reclamou Marcílio.

Segundo ele, o BDMG sempre teve o cuidado de preservar a praça, colocando seguranças e faxineiros antes e depois das apresentações. “A gente não sabe como vai ser no ano que vem. Não vimos nenhum respaldo positivo de que vai haver realmente a reforma do coreto. A gente, inclusive, gostaria de participar”, reclamou Marcílio.

O Iepha informou que somente o o diretor administrativo, Renato César de Souza, poderia esclarecer o andamento do processo de reforma do coreto, mas ele não foi encontrado ontem. A Regional Centro-Sul da prefeitura informou que a responsabilidade da reforma do coreto é do patrimônio estadual.
 


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