Agentes do sistema de segurança da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, encontraram na tarde de terça-feira remédios e chips de celulares escondidos dentro de aparelhos de TV que chegaram pelos Correios. De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), todas as encomendas destinadas a detentos passam por vistoria na chamada “sala de censura”.
Os presos são chamados para ver os pacotes e abrir na frente dos agentes. Ontem, por volta de 16h, quatros detentos receberam aparelhos de televisão. Dentro dos equipamentos foram encontrados 122 chips e alguns comprimidos de medicamento genérico do Viagra. A direção da penitenciária vai apurar de onde vieram as encomendas e se há relação entre os presidiários. Os detentos podem sofrer retaliações, a começar pela proibição de assistir televisão, benefício garantido a eles.
Em setembro deste ano, a penitenciária começou a usar um aparelho chamado Body Scan para fazer uma varredura corporal, durante o procedimento de revistas dos funcionários e visitantes da unidade prisional. A intenção é barrar a entrada de drogas, armas, metais e outros objetos proibidos. O Body Scan é uma cabine que permite enxergar dentro do corpo dos visitantes. Em uma sala anexa, o operador da máquina visualiza a imagem gerada pelo equipamento como uma radiografia dos ossos, órgãos, objetos e contorno do corpo.