Na próxima semana a Polícia Civil deverá fazer a reconstituição do assassinato de Alex de Faria Diniz, de 19 anos, morto a tiros dentro de casa durante uma abordagem policial no Bairro Lindéia, Região do Barreiro, em Belo Horizonte. A informação é do delegado de homicídios do Barreiro, Hugo Arruda, responsável pelo inquérito. Nesta terça-feira ele ouviu os dois policiais militares, Nilberto Silva Junior e Leandro da Silva, que foram presos suspeitos de cometer o crime.
Após a morte de Alex, os dois PMs teriam afirmado que agiram em legítima defesa e que teriam invadido a casa do jovem para socorrer a mulher e o filho dele que estariam sendo mantidos reféns. No entanto, os parentes da vítima teriam alegado que dias antes um dos policiais teria se envolvido numa discussão com Alex dentro de um supermercado, sugerindo que o crime, praticado na véspera do Natal, tenha sido uma vingança.
A mulher de Alex já foi ouvida pelo delegado, no entanto ele prefere manter as informações prestadas por ela sob sigilo, com o objetivo de não comprometer as investigações. “No momento oportuno iremos divulgar se houve legítima defesa ou não”, garantiu.
Segundo o delegado, ele ainda ouvirá outras testemunhas do crime e espera também a conclusão de alguns laudos periciais. Além disso, a reprodução simulada do crime poderá contribuir para o devido esclarecimento do fato.
Prisão temporária
No último dia 5 os dois policiais foram presos em cumprimento de um mandado judicial de prisão temporária, pelo prazo de 30 dias, solicitado pelo delegado Hugo Arruda. Os dois PMs são lotados na 1ª Companhia de Missões Especiais de Contagem. Um deles foi detido na sede do 34º Batalhão da PM, no Bairro Caiçara, Região Noroeste da capital, e o outro no 41º Batalhão, no Barreiro.