As investigações sobre o assassinato do sargento Rafael Augusto dos Reis Rezende, de 23 anos, do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), ocorrido na madrugada de domingo, em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, durante confronto com quatro agentes da Polícia Civil, ficarão a cargo da Divisão de Crimes Contra a Vida (DCcV). A determinação de passar o caso para ser investigado na capital foi tomada pelo o superintendente de Investigações e Polícia Judiciária de Minas, Celso Ávila Prado.
O chefe da Divisão de Crimes Contra a Vida (DCcV), delegado Wagner Pinto, informou na segunda-feira que as investigações serão iniciadas tão logo o delegado Jefferson Botelho, chefe do 2º Departamento de Polícia Civil de Contagem, encaminhe as informações registradas pelo o delegado de plantão de Ribeirão das Neves. “Assim que o inquérito ou a comunicação sobre a morte do sargento Rafael Rezende chegar ao departamento irei designar uma equipe para iniciar os levantamentos”, informou Wagner Pinto.
Enterro
O corpo do sargento do Gate foi enterrado na tarde de ontem em Barbacena. De acordo com o major Marcone de Freitas Cabral, subchefe da assessoria de comunicação da PM, informou que a coorporação irá acompanhar as investigações da Polícia Civil e somente após a conclusão do inquérito é que será avaliado se haverá alguma medida administrativa.
Conforme o major, o sargento morto em confronto com os policiais civis entrou para a PM aos 18 anos. No ano passado, após a conclusão do curso para sargento, recebeu convite para integrar o Gate, que é um grupo de elite da PM de Minas.
O fato
As informações que contam no Boletim de Ocorrência, registrado por militares do Pelotão de Esmeraldas, são de que o sargento Rafael Rezende, que não estava de serviço, morreu ao se envolver em uma troca de tiros com os quatro policiais civis, que também estavam de folga, na saída de um baile funk, promovido em uma casa de festa. O sargento foi morto com sete tiros. Ele havia sido denunciado por outros frequentadores de que estaria armado no local.
Sem saber que se tratava de um policial militar, os agentes da Polícia Civil resolveram abordar Rafael Rezende, porém, o militar reagiu, e atirou mesmo depois que Ribeiro, Santos, Barbosa e David Santos se identificarem como policiais. Houve uma troca de tiros na entrada do estabelecimento. A mesma versão foi apresentada pelos agentes da Polícia Civil e testemunhas que acompanharam toda a confusão.
O agente de polícia David Santos levou um tiro na perna direita durante o confronto. Ele foi encaminhado para o Hospital Municipal de Betim, na Grande BH, onde permaneceu internado sem risco de morte. Aderlúcio Pinto dos Santos, de 21 anos, tomou um tiro no abdômen e segue internado no Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII. O quadro dele é estável