A manhã deste sábado começou trágica para a família de uma empresária no Bairro Nova Granada, Região Oeste de Belo Horizonte. Uma mulher, de aproximadamente 35 anos, foi encontrada morta. A irmã dela pediu socorro à polícia após suspeitar que algo não estava bem dentro do apartamento onde a vítima morava sozinha, na Rua Daniel de Carvalho. O corpo da mulher estava sobre a cama, com um fio de um ferro de passar roupa amarrado ao pescoço. A suspeita é que o namorado dela tenha cometido o crime. Ele fugiu e há possibilidade de que ele tenha cometido suicídio ou forjado a própria morte.
De acordo com a Polícia Militar, a vítima foi identificada como Karina Mayer de Almeida, dona de uma grife que leva o nome da empresária, no Shopping Villaggio Gutierrez. A perícia esteve no local e constatou que ela foi morta por estrangulamento. Não havia sinais de arrombamento no imóvel, nem indícios de roubo.
Uma moradora do prédio, que pediu para não ser identificada, contou que viu o namorado da vítima na garagem do edifício por volta das 21h. “No começo da madrugada nós ouvimos alguns barulhos, como se tivessem batendo na parede ou arrastando móveis. Não ouvimos gritos”, conta.
Segundo a vizinha, pela manhã a irmã de Karina foi até o prédio e identificou que o carro da irmã estava na garagem. “Ela disse que ligava insistentemente para os telefones da irmã, que não atendia. Depois ela percebeu que o celular estava tocando dentro do apartamento. Foi então que ela chamou a polícia, que arrombou a porta”, conta.
Enquanto os trabalhos periciais eram realizados no apartamento da vítima, a família do namorado dela seguia para a rodovia MG-030, em Nova Lima. Lá, a moto do rapaz, de 27 anos, foi encontrada pela polícia, por volta das 6h30, abandonada às margens de um viaduto. Sobre o veículo havia uma camisa, com o documento de identidade dele no bolso.
Os policiais cogitaram a possibilidade de que ele tenha cometido suicídio, pulando no rio que passa em baixo do viaduto. O Corpo de Bombeiros foi chamado pela PM para ajudar nas buscas pelo rapaz. Até o meio dia ele não havia sido localizado e os trabalhos foram encerrados.
Segundo o sargento Édson Santos, da 1ª Companhia Independente, há suspeita de que o homem tenha montado o cenário no viaduto para forjar a própria morte e fugir. “A princípio foi encerrado o trabalho de buscas. Vamos para casa dos familiares apurar informações e entregar a ocorrência para a Polícia Civil. O delegado responsável poderá solicitar mais buscas no rio. Ele deve investigar o relacionamento do casal para saber se havia histórico de violência”, conclui o militar.