Prometido pela Prefeitura de Belo Horizonte para o primeiro semestre de 2012, o Hospital Metropolitano do Barreiro, que está com 65% das obras concluídas, só será inaugurado em janeiro de 2014, com quase dois anos de atraso. A segunda etapa da construção seguirá o modelo de parceria público-privada (PPP). O contrato foi assinado ontem entre o secretário municipal de Saúde, Marcelo Teixeira e representantes do Consórcio Novo Metropolitano - formado pela Construtora Andrade Gutierrez, Gocil Segurança e Serviços e Serviços e Dalkia Brasil, no valor de R$ 180 milhões ( R$ 160 milhões do consórcio e R$ 20 milhões do governo de Minas) para concluir as obras e equipar o hospital. Mais R$ 80 milhões serão investidos na manutenção do hospital no período de 20 anos.
A estimativa é de que o hospital consuma dos cofres públicos, depois de concluído, R$ 120 milhões por ano, de acordo com o secretário de Saúde. Desse valor, R$ 55 milhões devem ser repassados às empresas privadas. "Essa é a contraprestação máxima que envolve o custo dos serviços e a amortização do investimento. A remuneração efetiva é variável porque depende do desempenho do parceiro privado na prestação de serviços", ponderou Marcelo Teixeira.
Depois do hospital pronto, o consórcio será responsável pelos serviços de lavanderia, hotelaria, estacionamento e manutenção. A responsabilidade da gestão será de uma fundação municipal que ainda será criada. O projeto de lei será encaminhado no segundo semestre à Câmara Municipal, de acordo com Marcelo Teixeira.
INTERRUPÇÃO As obras do Hospital Metropolitano do Barreiro, iniciadas em 2010, ficaram paradas de abril a novembro do ano passado porque a empresa Santa Bárbara, vencedora da licitação, abandonou o processo. Em novembro uma nova licitação foi feita e a previsão é de que essa primeira fase – executada pela prefeitura em parceria com o governo do estado – seja concluída em outubro e, a partir daí comecem as atividades do consórcio.
O hospital, que ocupa área de 42 mil metros quadrados, terá 12 andares, 320 leitos e uma média de 500 atendimentos por dia. Serão 40 vagas no Centro de Tratamento Intensivo (CTI), outras 40 na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) e 12 salas de cirurgia. O atendimento será feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).