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Estado de Minas

Revitalização: enfim, a Savassi ficou pronta

Praça Diogo de Vasconcelos teve as fontes luminosas ligadas no início da noite de ontem. Novo projeto urbanístico divide a opinião da população mesmo antes de ser inaugurado


postado em 09/05/2012 06:00 / atualizado em 09/05/2012 10:44

Quem passou pela praça no início da noite de ontem teve uma surpresa ao ver as fontes luminosas em funcionamento, um teste para a inauguração oficial que deverá acontecer ainda esta semana(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Quem passou pela praça no início da noite de ontem teve uma surpresa ao ver as fontes luminosas em funcionamento, um teste para a inauguração oficial que deverá acontecer ainda esta semana (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)

Depois de um ano e dois meses, a população já pode comemorar o fim das obras de revitalização da Savassi, que começaram em março do ano passado e consumiram R$ 10,4 milhões. Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), a data para a inauguração oficial ainda está sendo definida, mas ela deve ocorrer amanhã ou sexta-feira. Ontem, os operários fizeram testes em duas das quatro fontes instaladas nos quarteirões fechados da Praça Diogo de Vasconcelos e lavaram as calçadas que durante 14 meses ficaram ocupadas por entulhos e terra.

Mas antes mesmo de ser inaugurada a nova praça já causa polêmica entre os belo-horizontinos. Os amigos Marcelo Alvarenga, de 35 anos, e Daniela Batista, de 37, pararam para observar e comentar o novo visual da praça. “Horrível”, resumiu o publicitário Marcelo. “É um projeto feio, antiquado, os bancos parecem túmulos. Parece que quiseram investir nas fontes e esqueceram o resto”, avaliou.

Mesmo assim, ele diz que a praça está melhor em comparação ao que era antes da reforma. “Mas, pelo tempo e pelo dinheiro gastos, poderia ter ficado mais bacana” A designer Daniela também achou que ficou melhor: “Criaram lugares para a gente se sentar, ficou mais atraente para passear”. Porém… “Devia ter mais árvores, mais verde. Achei tudo muito cinza”, comentou. Já a arquiteta Maria Bernadette Botelho, de 67 anos, tinha só elogios: “Antes eu passava aqui apenas para fazer compras e pagar contas. Agora, venho só passear. Há bancos para o pessoal se reunir, bater um papo, tocar um violão. Ficou bom de encontrar os amigos.”

A enfermeira Ângela Pederico, de 50 anos, moradora do Bairro São Pedro, ao ver uma das fontes funcionando em fase de teste, parou para admirar. “Ficou lindo! Já posso imaginar como serão os dias de verão com essa fonte. Passo aqui todos os dias para ir para casa. O ambiente agora é bem mais agradável”.

O engenheiro paulista Fernando Pavão, de 31, que vem a Belo Horizonte com frequência, também elogiou. “Ficou muito bonito. Mesmo num dia de chuva e frio a sensação é agradável. Mesmo não sendo morador da cidade, é bom contar com esse tipo espaço público”, disse Pavão. A universitária Rayssa Alexia, de 19 anos, concorda que a revitalização deu outra cara à Savassi, mas questiona a necessidade da obra. “A fonte ficou bonita. Mas tenho dúvidas se era de fato necessário tamanho investimento. Para mim, até agora penso que foi uma obra desnecessária”, reclamou.

Reforma

Com projeto de revitalização, a Praça Diogo de Vasconcelos ganhou calçadões nos trechos adjacentes à praça, calçadas mais largas com revestimento de placas pré-fabricadas e pedra portuguesa e uma elevação de pista no cruzamento das avenidas Getúlio Vargas e Cristóvão Colombo para travessia de pedestres. Também foram feitas adequações das redes de drenagem de água e esgoto, sistema de irrigação e adequação das redes lógicas das concessionárias de serviços públicos e privados, como telefonia e TV a cabo.

Além das quatro fontes e uma escultura no centro do cruzamento entre as avenidas Cristóvão Colombo e Getúlio Vargas, foi elaborado um novo projeto paisagístico de canteiros e jardineiras e instaladas novas lixeiras, bancos, telefones públicos, bicicletário, bases para bancas de revistas, totens de iluminação e semáforos.

Totens com nome errado

A Praça da Savassi será inaugurada com seu nome de batismo escrito errado. Matéria publicada pelo EM no final de março já alertava para o erro de grafia em um dos postes de aço escovado instalados pela na praça, onde grafou-se Diogo Vasconcelos, sem o "de". A Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana informou que faria um estudo e, se comprovado o erro, faria a troca. Ao que tudo indica, se a pesquisa foi feita, o Dicionário Biográfico de Minas, a Revista do Arquivo Público Mineiro ou mesmo a Wikipédia não foram consultados. A revista grafa Diogo Luís de Almeida Pereira de Vasconcellos, respeitando grafia original do século 19, forma também adotada na Wilkipédia. Já o dicionário adota Vasconcelos em vez de Vasconcellos. Mas em nenhuma das publicações  o nome perdeu o "de". Apenas nos totens da PBH.


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