Um jovem de 21 anos foi assassinada a tiros na tarde desta sexta-feira no Bairro Emília, em Sete Lagoas, Região Central de Minas. Ela já temia por sua integridade física e há cerca de um mês ela prestou queixa de ameaça contra o ex-namorado, que era soldado da Polícia Militar. Mas a denúncia não foi suficiente para impedir que o militar de 27 anos, há mais de 3 atuando na PM, cometesse o crime. Após assassinar a ex, ele cometeu suicídio.
“Ele estava pressionando a jovem a continuar o namoro. Ela se sentiu ameaçada e procurou o quartel para relatar a situação. Ela prestou queixa formal há aproximadamente um mês”, revela o chefe de comunicação do 25º Batalhão da PM, capitão Elias Lupi. Segundo ele, após a denúncia o soldado foi afastado do trabalho nas ruas e impedido de deixar o quartel armado. Ele passou a atuar no centro de comunicação da unidade, onde lhe era permitido o porte de arma.
No começo da tarde desta sexta-feira o soldado abandonou o serviço e seguiu para a casa da ex-namorada, portando uma pistola calibre 40, de propriedade da PM. “Ele saiu sem permissão, pois sequer avisou que estava saindo”, afirma o capitão Lupi. “O comportamento dele estava dentro da normalidade e não houve nada que nos sugerisse que ele poderia cometer algo assim”, acrescentou.
Ao chegar na casa da ex, o soldado atirou várias vezes contra ela e, em seguida, disparou contra a própria cabeça. Ambos morreram no local. A PM não informou se a jovem estava sozinha na casa quando o policial chegou, se houve algum tipo de discussão, bem como desconhece quantos tiros atingiram a jovem.
Ainda segundo o capitão Lupi, as famílias da jovem e do militar pediram que a identidade deles não fosse revelada à imprensa. Os corpos de ambos foram levados para o Instituto Médico-Legal de Sete Lagoas no começo desta noite e ainda não havia previsão de quando seriam liberados.
Outros crimes envolvendo PMs
Na capital, dois soldados foram presos suspeitos de roubar pedestres na Avenida Cachoeirinha e na Rua Ester de Lima, na Região Nordeste de Belo Horizonte. Os PMs foram presos depois de reconhecidos por vítimas de dois assaltos, quando os militares roubaram celulares e dinheiro.
Ainda na capital, um cabo da PM atirou contra a cabeça do próprio filho, um adolescente de 17 anos no Bairro Glória, Região Noroeste. O policial, que estava em processo de separação da mulher, mãe biológica do garoto (o militar não é pai biológico dele, mas o registrou como filho) foi preso após se apresentar espontaneamente à corporação. A PM tratou o caso como uma fatalidade, pois o militar afirmou que o disparo ocorreu acidentalmente.
Em Tupaciguara, no Triângulo Mineiro, um sargento de 51 anos, 30 deles dedicados à corporação, pode ser expulso da PM se comprovada denúncia de que ele abusava sexualmente de um adolescente de 16 anos, portador de necessidades especiais. A vítima, que estuda na APAE da cidade junto com um filho do militar, também deficiente, revelou que participava de orgias sexuais na casa do policial. Esta é a segunda vez que o sargento é denunciado por crime de pedofilia. A primeira vez foi de uma menina de 12 anos. (Com Luana Cruz)