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Estado de Minas

Polícia tentar juntar provas para pedir prisão de cabo acusado de matar a mulher e a filha

Delegado responsável pelo caso ouve testemunhas para levantar a vida pregressa do militar


postado em 13/06/2012 15:41 / atualizado em 13/06/2012 19:22

O delegado Marcio Rocha, da Delegacia de Homicídios de Ribeirão das Neves, na Grande BH, tenta juntar provas suficientes para pedir a prisão preventiva do cabo da PM, Marcos Antônio Alves de Lima, de 45 anos, acusado de matar a tiros no domingo a mulher, Rosângela Alves Ferreira, de 40, e uma filha, Raíssa Alves de Lima, de 13. O militar se entregou na noite dessa terça-feira à polícia e chegou a confessar o crime. Após prestar depoimento, foi liberado, já que o tempo de flagrante, que é de 48 horas, havia se passado e não tinha nenhum pedido de prisão contra ele.

“Estamos colhendo o máximo de elementos possíveis para pedir a prisão. Apenas com a confissão dele o pedido é muito frágil e isso pode ser negado pela Justiça”, explica o delegado. Desde a noite de terça-feira, Márcio Rocha já começou a levantar a vida pregressa do acusado. “Já ouvi um parente ontem (terça-feira) e hoje (quarta-feira) vou ouvir mais duas pessoas. Quero saber qual era o comportamento dele perante as vítimas”, disse.

Com os depoimentos já colhidos, o delegado afirma que já dá para perceber que o militar era muito violento com as vítimas. “Já havia discussões e agressões com a mulher e as filhas há algum tempo”, comentou. A polícia também espera a melhora do estado de saúde da outra filha do militar, R.A.L, de 15, que também foi baleada no peito e segue internada no Hospital Risoleta Neves, em Venda Nova. Ela será a principal testemunha.

Volta ao trabalho

O comandante do 34º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Idzel Fagundes, afirmou que o cabo era esperado para trabalhar nesta quarta-feira, porém ele não compareceu ao serviço. “Esse foi o quarto dia de falta seguido dele. Com cada falta ele vai cometendo transgressão disciplinar. Se chegar no oitavo dia ele vai passar a ser desertor”, explicou o militar.

De acordo com Fagundes, caso o cabo apareça no batalhão ele vai fazer um serviço diferente ao que está acostumado. “O cabo trabalhava internamente na guarda do quartel. Mas quando voltar não vai fazer mais isso. Vou mudar a função dele”, disse.


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