A Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estiveram na casa, mas a vítima já estava sem vida. De acordo com o subtenente Marcos Magno, da 21ª Companhia do 34º BPM, os filhos do idoso estavam em estado de choque. Eles informaram que o pai se encontrava no quarto, sobre a cama, e, após a queda, o cão partiu para cima dele e com muita dificuldade conseguiram conter o animal, porém, já era tarde, pois o idoso não resistiu à violência do ataque.
“Fomos os primeiros a chegar ao imóvel. O pit bull estava preso na área lateral da casa e, aparentemente, tranquilo, não parecia nem ter sido ele que atacou o idoso. Chamamos os bombeiros para fazer a remoção do animal e o Samu para constatar a morte da vítima. A família confirmou que o cachorro era tranquilo e tinha boa convivência com a vítima”, contou o subtenente Magno.
O aposentado José Alberto da Silva, de 61, filho da vítima e dono do cachorro, afirmou que adquiriu o pit bull ainda filhote e que até ontem eles não haviam tido qualquer tipo de problema com o animal. “Ele é dócil, mas por se tratar de um cão dessa raça tínhamos o maior cuidado, tanto com o nosso pai, quanto com as visitas. Mantínhamos ele preso e só o soltávamos quando estávamos próximos”, disse Silva.
ANIMAL RECOLHIDO
O pit bull foi retirado da casa por volta do meio-dia pelo Corpo de Bombeiros. O animal foi levado em uma gaiola acoplada à viatura para o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da capital. Conforme a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, o cão foi encaminhado para o canil, onde será submetido a exames e ficará em observação pelos próximos 10 dias.
O assessor de imprensa dos bombeiros, capitão Frederico Pascoal, informou que a Lei 16.301/06 proíbe a compra, adoção, criação e entrada de animais da raça pit bull em Minas. A norma também determina que os proprietários de cães de grande porte façam os registros deles junto ao Corpo de Bombeiros.
Memória - Outras histórias
Dia 5, um menino de 12 anos foi atacado por um pit bull em Contagem, na Região Metropolitana de BH. Testemunhas contaram que o cachorro estava amarrado quando avançou sobre a perna do adolescente. A mãe e o tio do garoto precisaram sacrificar o animal para salvar sua vida. O cão pertencia ao pai do menino, há muito tempo, e nunca havia atacado ninguém. O menino foi levado para o Hospital Municipal de Contagem e liberado em seguida. No ano passado, Zenira Lourenço de Souza, de 39, foi morta pelo próprio cão pit bull, em Coronel Fabriciano, no Vale do Aço. Ela teria saído de casa para fazer compras e, ao voltar, o cachorro latia muito. Ao entrar no terreno da casa, sofreu mordidas no pescoço e na cabeça que lhe causaram intensa hemorragia. Socorrida a um hospital, Zenira não resistiu aos ferimentos.