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Estado de Minas

Skinheads atacam rapazes na Savassi


postado em 29/10/2012 07:13

Dois amigos homossexuais foram agredidos,na madrugada de sábado, por uma dupla de supostos skinheads, na Avenida Cristóvão Colombo, perto da Praça Diogo de Vasconcelos, na Savassi, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O jornalista Juliano Azevedo, de 32 anos, contou à polícia que ele e outro rapaz, de 28 anos, levaram socos e chutes. Ao saírem correndo, os agressores ainda jogaram uma pedra, que fez um corte na cabeça da vítima, que não quis se identificar. “Ele precisou tomar sete pontos. Nós dois ficamos com vários hematomas”, disse Juliano.

Os dois amigos haviam ido ao show do Kid Abelha, no Chevrolet Hall, e conversavam em uma calçada da avenida. “Estávamos felizes, rindo, brincando, mas não estávamos fazendo nada”, relatou Juliano. Depois que eles se abraçaram e se despediram, por volta da 0h30, surgiram os dois agressores. Eles eram carecas, brancos, musculosos e tinham muitas tatuagens, segundo Juliano. “Vamos matar vocês, vamos exterminar vocês do mundo”, teria dito um deles, antes de iniciar as agressões com socos e chutes. “Fiquei meio passado, sem entender o que estava ocorrendo. Um deles me deu um chute na mão, que ficou toda roxa”, detalhou.

Juliano e o amigo foram socorridos no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. Na tarde de ontem, registraram um boletim de ocorrência na 4ª Delegacia Seccional Leste da Polícia Civil. Juliano relatou as agressões em seu blog (www.julianoazevedo.blogspot.com.br). “Nossa alma se desmanchou. Chorei, pedi ajuda, desabafei nas redes sociais. Jamais perdoarei quem me bateu”, escreveu. “Relutei em dividir essa história. A coragem foi dada pelos amigos”, afirmou.

Até o fim da tarde de ontem, a publicação havia recebido 50 comentários de apoio. “Sinto muitíssimo por você ter passado por isso. Vamos divulgar isso e fazer barulho, esse absurdo não pode continuar”, escreveu uma leitora identificada apenas como Lori. “Ainda bem que você não se calou, Juliano. Violências assim têm que ser denunciadas para que as pessoas saibam os perigos que estão correndo e para que as autoridades possam fazer alguma coisa”, escreveu Claude.


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