A lanchonete da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi assaltada na manhã desta quarta-feira. Dois bandidos invadiram o comércio dentro do câmpus Pampulha, por volta de 6h, e renderam duas atendentes. Os homens disseram que estavam armados e anunciaram o assalto, mas as funcionárias não viram a arma. Eles abordaram as mulheres ainda no corredor do prédio, quando elas se preparavam para iniciar os trabalhos na loja. As vítimas foram obrigadas a abrir as portas e se deitarem no chão enquanto os criminosos agiam.
Os assaltantes estavam com capas de chuva semelhantes à roupa usada por motociclistas e a polícia acredita que tenham fugido de moto. Testemunhas disseram para a Polícia Militar (PM) que viram dois suspeitos abandonando capas de chuva na mata da UFMG, porém militares não encontraram esse material durante as buscas. Um dos homens agrediu uma atendente com um soco, mas ela passa bem. A dupla fugiu levando R$1.949 do caixa da lanchonete. Ninguém foi preso. A UFMG informou que um boletim de ocorrência foi confeccionado e entregue as autoridades policiais que vão investigar o caso. A instituição afirmou que já havia orientado todas as cantinas e lanchonetes do campus a não deixar o dinheiro nos caixas de um dia para o outro.
Em outubro três ocorrências assustaram quem frequenta o câmpus. Primeiro, um rapaz foi vítima de saidinha de banco, depois de sacar R$ 3 mil de um posto da Caixa Econômica Federal, na Praça de Serviços, perto do prédio do Centro de Microscopia da universidade. Em outro crime, o segurança da UFMG Maximiliano Vaz da Silva Neves, de 27 anos, foi baleado em uma troca de tiros com o porteiro Adiel Alves Correia da Silva, de 21, que foi atingido no peito e morreu no local. A suspeita é de que havia uma rixa entre os dois. No domingo, dia 28, uma máquina de autoatendimento instalada no prédio do curso de odontologia foi arrombada com maçarico. Um funcionário foi rendido pelos bandidos e teve os pés e as mãos amarrados com fios de telefone e TV a cabo. A quantia roubada não foi divulgada.
Segundo o reitor, Clélio Campolina, a insegurança no câmpus é reflexo da sociedade, mas o objetivo é zerar índices de violência. As novas câmeras devem ser instaladas ao longo do primeiro semestre de 2013 e já começaram a ser compradas. Dentro do plano, já foram instaladas 503 câmeras e 350 alarmes, além de uma central de monitoramento, dia e noite, que funciona inclusive nos dias em que a universidade não funciona, como domingos e feriados.