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Estado de Minas

Mais dois rabecões entram em circulação na Grande BH para tentar resolver atrasos

Governador deu prazo para corporação resolver o problema. A polícia adaptou dois veículos para o serviço de remoção de corpos e agora a região metropolitana tem cinco rabecões


postado em 14/03/2013 09:31 / atualizado em 14/03/2013 11:00

Após determinação do governador Antonio Anastasia dando prazo de 72 horas para que a Polícia Civil resolvesse o problema de falta de rabecões, a corporação adaptou dois veículos para o serviço de remoção de corpos a partir desta quinta-feira. Vans com modelo igual da ambulância do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) receberam um gradil para implantação de quatro compartimentos para o transporte dos corpos. Assim, a Região Metropolitana de Belo Horizonte passa a contar com cinco rabecões para atendimento permanente.

Segundo a Polícia Civil, na sexta-feira, outro veículo sairá da oficina para integrar a frota. Além dessa solução emergencial, começam a circular no segundo semestre outros 30 veículos destinados à remoção de corpos na Grande BH e interior do Estado. A compra está sendo feita por meio de licitação, já em conclusão pela corporação.

Paralelamente a essas medidas, a Polícia Civil informou que está estudando a viabilidade jurídica para terceirização do serviço, análise prevista para ser concluída em abril. Esse novo modelo possibilitará a imediata substituição de veículos com defeito, impedindo que haja descontinuidade no atendimento das demandas.

Atrasos

Depois de longos atrasos no último fim de semana na remoção de cadáveres o governador emitiu uma determinação endereçada ao chefe da Polícia Civil, Cylton Brandão da Matta. No sábado, a família do engenheiro químico João Gabriel Camargos, de 25 anos, sofreu com a demora na prestação do serviço.

Apesar de ele ter sido levado para um hospital no Barro Preto, na área central de BH, foram mais de quatro horas para que o corpo fosse recolhido ao Instituto Médico Legal (IML), desde a confirmação do óbito às 6h30. A Polícia Civil negou a demora e informou que seus agentes foram acionados às 7h. A equipe da perícia chegou ao hospital às 8h, apesar de o Instituto de Criminalística ficar a pouco quarteirões do local. O rabecão chegou às 9h55, tendo saído com o corpo às 10h23.

A dor dos parentes do engenheiro, assassinado durante um assalto a ônibus no Sul de Minas, se repetiu pelo menos para mais duas famílias no domingo. O resgate do corpo de Maria Isidoro da Silva Carvalho, de 73 anos, que sofria de problemas cardíacos, demorou cerca de 15 horas, segundo denunciaram familiares. O corpo ficou no apartamento da família das 3h às 18h do domingo. Já os parentes de Jeferson Rodrigo Nascimento, de 29, encontrado morto no banheiro de sua casa às 7h do mesmo dia, esperaram por quase 20 horas para que ele fosse retirado.

Este ano vários os casos de demora para o resgate de corpos ganharam repercussão na Grande BH. No fim do carnaval, no dia 13 do mês passado, um acidente às 7h15 na BR-040, em Itabirito, na Região Central, matou cinco pessoas. A perícia chegou ao local depois de quatro horas e um rabecão de BH teve que ser enviado para o resgate dos corpos. O resultado foi o trânsito fechado até o começo da tarde.

(Com informações de Landercy Hemerson)


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