A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) decretou, na noite desta quinta-feira, situação de emergência na cidade por causa da greve realizada pelos servidores da Guarda Municipal. De acordo com o documento, que será publicado no Diário Oficial do Município (DOM) nessa sexta-feira, o decreto vai permitir, "em decorrência da anormalidade instalada, (…) adotar medidas extraordinárias para o atendimento de necessidades prementes da população".
Segundo a PBH, a greve da Guarda Municipal "pode comprometer a segurança de pessoas e de bens e serviços públicos municipais". Com isso, a administração municipal justifica antecipadamente a possibilidade de que sejam contratados guardas temporários em regime de urgência para substituir aqueles que aderirem ao movimento grevista. Ainda segundo a prefeitura, a situação de emergência fica decretada até o "restabelecimento do estado de normalidade e da consequente proteção da integridade e da tranquilidade dos cidadãos".
Segundo o Sindicato dos Guardas Municipais (SINDGUARDAS-MG), entre as reivindicações da categoria está o armamento para garantir mais segurança aos trabalhadores, um aumento de 25,6% no salário, além do pagamento de adicional de risco.
Em nota divulgada mais cedo, a PBH informou que aprovou no mês de março o aumento de 13,92% sobre o vencimento base dos guardas municipais e alegou que, desde a criação da corporação, promoveu diversas melhorias nas condições de trabalho dos profissionais, como o aumento da frota de veículos e a implantação do sistema de câmeras de vídeo. No entanto, segundo o SINDGUARDAS-MG, as informações divulgadas pela prefeitura como "conquistas da Guarda Municipal" são falsas.