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Estado de Minas

Corpo de juíza assassinada pelo ex-marido é enterrado na Grande BH

O crime aconteceu dentro do gabinete de Glauciane Chaves de Melo no fórum de Alto Taquari, no Mato Grosso. O suspeito Evanderly de Oliveira Lima está foragido


postado em 09/06/2013 10:23 / atualizado em 09/06/2013 12:20

Sepultamento ocorreu no Cemitério Parque Renascer, em Contagem(foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press)
Sepultamento ocorreu no Cemitério Parque Renascer, em Contagem (foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press)


Foi enterrado neste domingo o corpo da juíza Glauciane Chaves de Melo, de 42 anos, assassinada a tiros na manhã de sexta-feira pelo ex-marido, Evanderly de Oliveira Lima, dentro de seu gabinete no fórum de Alto Taquari, no Mato Grosso, cidade de 8 mil habitantes a 489 quilômetros da capital Cuiabá. O sepultamento ocorreu no Cemitério Parque Renascer, em Contagem, na Grande Belo Horizonte, depois do velório no Funeral House, na capital.

A magistrada era mineira de Conselheiro Lafaiete, na Região Central do estado, e, antes de prestar concurso público para o cargo, foi servidora do Fórum Lafayette, em BH, onde trabalhou também em um escritório de direito. A família havia dito que o enterro seria na cidade natal, mas mudou de ideia.

A da magistrada, a advogada Jenifer Mingot , disse que a família espera Justiça, pois apresar ada decretação da prisão, Evanderly continua solto. A expectativa do coordenador militar do TJMT, coronel Wilson Batista, é de que a prisão ocorra em breve. Todo o efetivo das polícias Militar e Civil estão na região de Alto Taquari participando das buscas.

Velório no Funeral House em Belo Horizonte(foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press)
Velório no Funeral House em Belo Horizonte (foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press)


Jenifer Mingot comentou que a juíza pagou os estudos do ex-companheiro e estaria contribuindo com uma pensão para ele depois da separação. O casal tinha um contrato de união estável que foi dissolvido em 21 de janeiro de 2013. A separação entre os dois, no entanto, ocorreu em 10 de dezembro, segundo o Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJMT).

O diretor da Justiça Eleitoral da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Walter Pereira de Souza, disse que há uma grande preocupação com o risco para os juízes em todo o país, principalmente nas cidades do interior, onde ainda há uma omissão do estado sobre a segurança. Segundo Souza, 170 juízes estão oficialmente ameaçados no Brasil e são acompanhados pela AMB,. No entanto, o número pode passar de 200, conforme o diretor.

O presidente do tribunal, desembargador Orlando Perri, afirmou que as suspeitas são de crime passional. Ele decretou luto oficial em todo o Poder Judiciário por três dias. Os prazos processuais também foram suspensos na sexta-feira e voltarão a ser contados na segunda.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Ministro Joaquim Barbosa, expressou no sábado o profundo pesar pelo falecimento da juíza. Em nome da Corte e do Conselho, o ministro estendeu suas sinceras condolências aos familiares da magistrada.

Glauciane Chaves de Melo(foto: Divulgação TJMT)
Glauciane Chaves de Melo (foto: Divulgação TJMT)
O crime

Segundo informações do Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJMT), Evanderly, que é de Belo Horizonte e trabalha no Hospital Municipal de Alto Taquari, entrou no gabinete da ex-mulher e iniciou uma discussão. Em seguida, funcionários do fórum ouviram disparos. Glauciane morreu com dois tiros. Evanderly fugiu a pé, chegou a ser perseguido por um segurança, mas se escondeu em um matagal. A arma do crime, um revólver calibre 38, foi encontrada pela Polícia Civil no início da tarde na área externa do fórum.


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