Aumento da frota de táxis promete aliviar demanda nas ruas de Montes Claros

O número insuficiente de táxis para atender a demanda da população, problema enfrentado em Belo Horizonte, também é uma realidade nas grandes cidades de Minas. A situação piorou depois da entrada em vigor da Lei Seca. Em Montes Claros (362 mil habitantes, Norte de Minas), a questão será amenizada com a concessão pela prefeitura de mais 79 placas de táxi, conforme projeto de lei encaminhado à Câmara de Vereadores pelo Executivo Municipal. Atualmente, existem 121 taxistas trabalhando legalmente no município, quantidade que vai será ampliada para 200 com as novas concessões.

Há mais de 20 que não ocorre aumento da frota de táxis em Montes Claros. Nos últimos anos aumentou muito a demanda de transporte na cidade, devido à chegada de novos cursos superiores e da expansão comercial, fomentada pela instalação de dois shoppings centers. A expectativa é que em breve, a procura pelo serviço deverá crescer mais ainda por conta da instalação de grandes indústrias, como a fábrica de Sandálias Havaianas, que entrou em funcionamento em caráter experimental e tem inauguração prevista para setembro deste ano.

Até então, a legislação municipal define que Montes Claros só pode ter um taxi para cada 1 mil habitantes.  Pelo projeto de lei encaminhado à Câmara Municipal, Montes Claros passará a ter um táxi para cada 1.810 habitantes.
 A proposta de aumento das placas de táxi foi discutida em audiência pública na Câmara Municipal, realizada em atendimento a requerimento do vereador Diu Andrade (PSL). O encontro contou com a participação de grande número de pessoas que já trabalham como motoristas dos atuais proprietários de táxis da cidade. São os chamados “taxistas auxiliares”.

Durante reunião na Câmara Municipal, os  “taxistas auxiliares” denunciaram que  número de táxis na cidade ficou estabilizado por mais de duas décadas por pressões dos atuais proprietários dos veículos com placa de aluguel. Segundo eles, os atuais taxistas não querem que sejam liberadas novas placas porquê “não querem o aumento da concorrência”.

Os trabalhadores auxiliares também reivindicaram que na licitação para a concessão das novas placas de táxi eles tenham algum tipo de vantagem, pelo fato de trabalharem na função há vários anos. No entanto, a prefeitura informou que a licitação precisa obedecer a legislação, que prevê a livre concorrência, conforme a Lei 8.666 (Lei das Licitações).