O reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Clélio Campolina, vai discutir com o governador Antonio Anastasia e com o comandante da Polícia Militar (PM), ainda na noite desta segunda-feira, alternativas que podem ser tomadas no Campus Pampulha durante os protestos marcados para esta quarta-feira na Avenida Antônio Carlos. A medida foi tomada depois de uma reunião entre ele e o Conselho Universitário, formado por alunos, professores e outros funcionários, que são contra a permanência de policiais militares e da Força Nacional na instituição durante os protestos.
Na tarde desta segunda-feira, aproximadamente 150 estudantes fizeram um protesto na UFMG. Os alunos colocaram cartazes no prédio da reitoria com dizeres contra a Fifa, a presença dos policiais no campus durante as manifestações e contra o Reitor da Universidade. O Conselho Universitário também se reuniu com a reitoria para expôr a insatisfação. Ficou decidido que uma comissão será criada para acompanhar o caso.
De acordo com Campolina, a presença dos policiais no campus foi tomada para evitar danos à universidade. “Entendemos que a presença das Forças Militares no campus Pampulha para manter a integridade pessoal e patrimonial na UFMG devido aos muitos conflitos na Avenida Antônio Carlos. Já conversamos com o comandante do Exército e ainda entraremos em contato com o governador e com o comando da Polícia Militar para discutir outras medidas que poderão ser tomadas”, explica o reitor.
Em nota divulgada no domingo, a UFMG explicou que, conforme a Lei Geral da Copa, o campus Pampulha se encontra dentro de um perímetro de segurança de 700 metros, estabelecido pelas autoridades públicas, no entorno do Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão. Por isso a presença dos policiais no local.
Durante o protesto do último sábado, que reuniu aproximadamente 100 mil pessoas, vários militares foram vistos camuflados nas matas da UFMG, durante o conflito entre um grupo pequeno de manifestantes e a Polícia Militar na Avenida Antônio Carlos.