Guilherme Paranaiba e Juliana Ferreira

Segundo o delegado de plantão Alisson Henrique Marques Xavier, a principal ferramenta para a investigação será o laudo emitido pelo perito que compareceu ao local do acidente. Mas se o documento não levantar nenhuma hipótese de crime, o inquérito deverá ser encerrado. De acordo com o perito Experidião Porto, que esteve no local, esse tipo de perícia é mais complicada, porque fica difícil atestar problemas anteriores ao acidente. “É difícil saber qual dano foi causado pelo impacto da aeronave no chão e qual já estava presente antes da queda”, diz ele.
Politraumatismo Dados preliminares da necropsia mostram que a causa da morte do empresário foi o politraumatismo, o que significa que ele morreu por conta das fraturas múltiplas depois que o monomotor bateu no solo. “Normalmente, esse tipo de perícia pode auxiliar mais na esfera cível, para responsabilizar fabricantes caso seja encontrada uma falha mecânica, por exemplo. Na esfera criminal acho difícil, já que é um avião que não dispõe de recursos como caixa-preta”, diz o perito. O prazo para apresentação do laudo é de 10 dias, prorrogáveis.
Álvaro Celso era empresário do ramo de manutenção de turbina de caminhões e voltava sozinho de Bom Despacho, onde encontrou amigos no aeroclube da cidade, para Divinópolis. Segundo testemunhas, a hipótese mais provável é que o motor perdeu força quando o avião estava a cerca de 30 metros de altura, pouco tempo depois da decolagem. Não houve explosão no local.