Um idoso de 70 anos morreu na madrugada de ontem, em Belo Horizonte, com suspeita da doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ). A enfermidade ataca o sistema nervoso central e quase sempre leva à morte. Ela se manifesta de diversas formas, sendo uma delas conhecida como o “mal da vaca louca”. O homem estava internado no Hospital Risoleta Tolentino Neves. A Secretaria Municipal de Saúde informou, por meio de nota, que não há risco de transmissão.
Acrescentou que o caso está em investigação e todas as medidas estão sendo tomadas. Ainda de acordo com a secretaria, foram feitos exames durante a internação do paciente. O diagnóstico será feito por laboratórios de referência nacional em Belo Horizonte e São Paulo, mas a secretaria não informou os nomes nem o prazo para conclusão das apurações. O hospital também se pronunciou por meio de nota, afirmando que todas as recomendações previstas pelo Ministério da Saúde e secretarias estadual e municipal foram seguidas no tratamento, nas medidas de prevenção e no controle dos riscos.
A nota esclarece que a doença pode ter três origens: esporádica, herdada geneticamente ou infecciosa, com a variante de ingestão de carne bovina contaminada. O primeiro caso, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), se refere a todas as vezes em que não há fonte infecciosa conhecida nem evidência da doença na história familiar do paciente. A maioria dos casos de DCJ (cerca de 85%) ocorre de maneira esporádica, o que reforça a existência de pontos ainda obscuros sobre a origem da doença.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) também divulgou nota afirmando que “não existe qualquer possibilidade de a DCJ ter sido causada por um problema de saúde no rebanho brasileiro”.