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Estado de Minas

Secretaria de Saúde apura suspeita de mal da vaca louca, mas descarta risco de transmissão

Um idoso de 70 anos morreu no Hospital Risoleta Tolentino Neves com suspeita da doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ)


postado em 29/01/2014 06:00 / atualizado em 29/01/2014 07:12

Um idoso de 70 anos morreu na madrugada de ontem, em Belo Horizonte, com suspeita da doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ). A enfermidade ataca o sistema nervoso central e quase sempre leva à morte. Ela se manifesta de diversas formas, sendo uma delas conhecida como o “mal da vaca louca”. O homem estava internado no Hospital Risoleta Tolentino Neves. A Secretaria Municipal de Saúde informou, por meio de nota, que não há risco de transmissão.

Acrescentou que o caso está em investigação e todas as medidas estão sendo tomadas. Ainda de acordo com a secretaria, foram feitos exames durante a internação do paciente. O diagnóstico será feito por laboratórios de referência nacional em Belo Horizonte e São Paulo, mas a secretaria não informou os nomes nem o prazo para conclusão das apurações. O hospital também se pronunciou por meio de nota, afirmando que todas as recomendações previstas pelo Ministério da Saúde e secretarias estadual e municipal foram seguidas no tratamento, nas medidas de prevenção e no controle dos riscos.

A nota esclarece que a doença pode ter três origens: esporádica, herdada geneticamente ou infecciosa, com a variante de ingestão de carne bovina contaminada. O primeiro caso, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), se refere a todas as vezes em que não há fonte infecciosa conhecida nem evidência da doença na história familiar do paciente. A maioria dos casos de DCJ (cerca de 85%) ocorre de maneira esporádica, o que reforça a existência de pontos ainda obscuros sobre a origem da doença.

Em aproximadamente 10 a 15% dos casos, a enfermidade é herdada devido a uma mutação genética. A Anvisa explica que, embora causada por um agente infeccioso, a doença não pode ser considerada contagiosa. Em 1996, o governo inglês declarou que haveria uma possível conexão entre a doença da “vaca louca” e o desenvolvimento de uma nova doença, semelhante à DCJ. A ingestão de carne de gado com a doença da vaca louca poderia ser um fator de risco para o desenvolvimento dessa nova enfermidade, que está sendo chamada de variante da DCJ (v-DCJ).

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) também divulgou nota afirmando que “não existe qualquer possibilidade de a DCJ ter sido causada por um problema de saúde no rebanho brasileiro”.

 

 


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